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terça-feira, 22 de março de 2022

Pai baleado por filho de 13 anos no sertão da Paraíba está com dificuldade de sentir as pernas

Adolescente é suspeito de matar a mãe e o irmão a tiros - Ele alega que pressão por boas notas e proibição de usar o celular motivaram os disparos

Pai baleado por filho de 13 anos em Patos está paraplégico

O homem baleado pelo filho de 13 anos no último sábado (19), em Patos, no sertão da Paraíba, está internado na área vermelha do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande. De acordo com a direção geral do hospital, o pai está paraplégico, isto é, com déficit motor e sem sentir os membros inferiores. Ainda não há como afirmar se as sequelas serão permanentes.
O menino de 13 anos também é suspeito de matar a mãe e o irmão a tiros. Ele foi transferido para o Centro Especializado de Reabilitação de Sousa, também no Sertão da Paraibano.
Ainda segundo o hospital, até o momento, o homem não passou por nenhum procedimento cirúrgico e o caso está sendo avaliado diariamente para que novas decisões sejam tomadas.

Entenda - A situação chamou a atenção dos moradores de Patos, município do Sertão da Paraíba onde o caso aconteceu. Morreram uma mulher de 47 anos (mãe do suspeito) e uma criança de sete anos (irmão do suspeito). Além deles, um homem de 57 anos (pai do suspeito), policial militar reformado, foi baleado no tórax e encaminhado em estado grave ao Hospital Regional de Patos. Depois ele foi transferido ao Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, onde permanece internado.

Adolescente confessa disparos - Em depoimento, o menino de 13 anos confessou os disparos. Ele alegou que vinha sendo pressionado para ter boas notas e sendo proibido de usar o celular para jogar e para conversar com os amigos de escola.
No sábado (19), ao ter mais uma vez o celular apreendido, ele considerou que isso era a "gota d'água".
Ele declarou que atirou na mãe enquanto ela estava deitada no quarto. Ele atirou no pai quando ele voltava da farmácia. Por fim, quando o irmão abraçou o pai, assustado com os tiros, foi baleado pelas costas.
Mãe e irmão morreram na hora. O pai foi transferido para o hospital, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que foi chamado pelo próprio suspeito.
De início, a Polícia Civil da Paraíba tratou o menino como vítima. Com o desenrolar das investigações, percebeu que ele teria participação nas mortes. Depois de negar o ato infracional num primeiro momento, na delegacia ele admitiu a autoria.

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