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terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Investigação é concluída - Tiro que matou grávida no RJ foi disparado por PM

 Ainda não se sabe qual agente fez o disparo - O inquérito deve ser encerrado até o início de 2022 - O Ministério Público já denunciou cinco policiais por terem alterado a cena do crime

Kethlen foi morta no Complexo do Lins

A Delegacia de Homicídios da Capital já concluiu que um policial militar foi o responsável pelo tiro que matou Kathlen Oliveira Romeu, de 24 anos, em junho de 2021. A morte aconteceu no Complexo do Lins. O inquérito deve ser encerrado até o início de 2022.
A informação está no laudo da reprodução simulada do caso e foi confirmada nesta segunda-feira (13). A investigação da Polícia Civil, até o momento, não consegue determinar quem efetuou o disparo.
O Ministério Público denunciou cinco policiais por terem alterado a cena do crime; o capitão da PM Jeanderson Corrêa Sodré, o 3°sargento Rafael Chaves de Oliveira e os cabos da PM Rodrigo Correia de Farias, Cláudio da Silva Scanfela e Marcos da Silva Salviano.
Na mesma denúncia, é explicado que os cabos Rodrigo Correia de Farias e Marcos da Silva Salviano efetuaram disparos. Um tiro atingiu Kathlen, matando-a no local.

Resumo das denúncias

• Os PMs Cláudio da Silva Scanfela, Marcos da Silva Salviano, Rafael Chaves de Oliveira e Rodrigo Correia de Farias foram denunciados por duas fraudes processuais e por dois crimes de falso testemunho.

• E o capitão Jeanderson Corrêa Sodré foi denunciado por fraude processual na forma omissiva.

De acordo com a denúncia, os PMs Chaves, Farias, Scanfela e Salviano retiraram o material que estava no local antes da chegada da perícia, e ainda acrescentaram 12 cartuchos calibre 9 milímetros deflagrados e um carregador de fuzil 556, com 10 munições intactas.

Também segundo o documento, Jeanderson Corrêa Sodré, mesmo estando no local e podendo agir como superior dos PMs, se omitiu da função que, por lei, deveria cumprir, que seria fazer a "vigilância sobre as ações de seus comandados".

"Enquanto deveriam preservar o local de homicídio, aguardando a chegada da equipe de peritos da Polícia Civil (PCERJ), os denunciados Farias, Salviano, Scanfela e Chaves o alteraram fraudulentamente, realizando as condutas acima descritas, com a intenção de criar vestígios de suposto confronto com criminosos", diz trecho da denúncia.

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