Em meio às pressões do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a vacinação infantil para a Covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou hoje documentos públicos que embasaram, do ponto de vista técnico, autorizar a imunização de crianças entre 5 e 11 anos de idade.
O órgão divulgou o Parecer Público de Avaliação de Medicamentos (PPAM), que avalia o benefício-risco para a aprovação da imunização infantil, a partir de informações técnicas colhidas pelo órgão. A Anvisa autorizou a vacinação em 16 de dezembro deste ano, mas ela ainda não tem data para começar, tendo em vista a resistência de Bolsonaro e do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
De acordo com o documento, de 57 páginas, a vacinação às crianças foi autorizada com base "em evidências científicas" que comprovam que a vacina da Pfizer, quando administrada em duas doses, é segura e eficaz na prevenção da Covid-19, de doenças graves "potencialmente fatais ou condições que podem ser causadas pelo SARS-CoV-2".
O documento descreve as três fases dos estudos realizados com crianças e considera, também, o relatório de aprovação da vacinação nos Estados Unidos e em outras autoridades internacionais, que já começaram a imunizar crianças.
"Com base nos dados resumidos do estudo de eficácia e nos benefícios e riscos descritos nessa revisão, os benefícios conhecidos e potenciais da vacina superam os riscos conhecidos e potenciais, quando usada para imunização ativa para prevenir COVID-19 causado por SARS-CoV-2 em indivíduos de 5 a 11 anos de idade", conclui o documento.
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