Dois meses após vacinação em massa de mais de 70 mil habitantes com a AstraZeneca, a cidade de Botucatu (SP) encerrou a última semana epidemiológica com 142 casos confirmados de covid-19, uma média de 20 por dia, apresentando estabilidade em relação à semana anterior.
Há pouco mais de um mês, entre 6 e 12 de junho, com o pico de pessoas infectadas pelo vírus na região, foram registrados 988 casos do novo coronavírus – ou 141 diários.
Em relação aos 132 registros da penúltima semana, entre 4 e 10 de julho, quando a redução foi de 86,5%, a atual teve somente dez casos a mais, resultado em uma variação positiva de 6,7%.
Segundo a secretaria de saúde de Botucatu, os dados apontam para um quadro de estabilidade acerca no município.
Vacinação em massa
Semelhante ao Projeto S, que vacinou 97% da população adulta de Serrana (SP) com a CoronaVac, o projeto da Fiocruz imunizou 66 mil habitantes de Botucatu em 16 de maio e outros 5 mil uma semana depois, no dia 22.
O objetivo da pesquisa é descobrir a efetividade da vacina da Oxford após a primeira dose, após a segunda, sobre cada cepa circulante, o impacto da imunização em massa na transmissibilidade e o chamado efeito rebanho.
Desde o chamado ‘Dia D’ até este momento, a cidade já chegou a 123 mil pessoas imunizadas ao menos com a primeira dose, o que corresponde a 83% da população da cidade. Destas, 28 mil já receberam a segunda dose.
Objetivos do estudo
Como relatou ao R7 Sue Ann Clemens, médica e coordenadora da pesquisa, o estudo possui objetivos em diversas frentes e é por esta variedade que se torna relevante, inclusive internacionalmente.
Serão analisadas efetividade pós-primeira dose, a efetividade pós-segunda dose e a efetividade por cada cepa circulante no país, além do impacto da vacinação em massa na redução de transmissibilidade e o chamado efeito rebanho. A cepa circulante no Brasil, a P1 (ou Gama), proveniente de Manaus (AM), não foi posta em avaliação, por exemplo, no estudo com a AstraZeneca realizado no Reino Unido, apontou Clemens.
Isto, de acordo com a coordenadora, destacará a pesquisa brasileira a nível internacional: “É uma importância não só a nível de Brasil, mas enquanto ferramenta de estratégia na vacinação para o mundo”.
Fonte: R7
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