O suspeito do crime é o empresário David Brito de Farias, de 36 anos
A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) concluiu o inquérito policial que apurava a morte da estudante Alana Beatriz do Nascimento Oliveira, de 25 anos. O crime aconteceu no dia 21 de março de 2021, no bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza. O suspeito é o empresário David Brito de Farias, de 36 anos, que foi indiciado por homicídio doloso, na modalidade de dolo eventual, quando o indiciado, mesmo sem necessariamente querer o resultado da ação, assume o risco de produzi-lo.
Para chegar a conclusão do inquérito, a Polícia Civil realizou 21 oitivas de testemunhas e anexou aos autos diversos laudos periciais confeccionados pela Perícia Forense do Estado do Ceará (PEFOCE), inclusive o exame de eficiência balística que comprovou o perfeito estado de funcionamento da arma apreendida.
O dia do crime - Conforme apontam os levantamentos feitos pelos policiais civis do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Alana estava entre as pessoas convidadas pelo empresário para participar de uma transmissão ao vivo no imóvel de propriedade do indiciado. O grupo consumia bebida alcoólica enquanto acompanhava a transmissão. Em um determinado momento, segundo os depoimentos colhidos, os dois ficaram a sós no quarto, momento em que aconteceu um disparo por arma de fogo.
Após o disparo, David Brito saiu de casa sem fazer a devida comunicação da ocorrência para as autoridades policiais e tampouco acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para que Alana recebesse atendimento médico. Ainda de acordo com a investigação, o empresário saiu do imóvel levando a arma, munições e até o estojo da munição utilizada. Pouco tempo depois, imagens extraídas de câmeras de segurança, analisadas pela equipe policial, mostram a chegada de outras pessoas ao local, dentre elas a irmã do suspeito, que foi quem acionou o SAMU pedindo socorro para a estudante baleada, porém, a garota veio a óbito no local.
A explicação do empresário - No dia seguinte ao fato, a arma apontada como o objeto de onde partiu o tiro que atingiu a estudante foi apresentada pelo suspeito ao DHPP, que prestou depoimento na ocasião. Na oitiva, o investigado afirmou que, ao retirar o carregador da pistola para mostrar o objeto à estudante, acabou disparando de forma acidental. A arma foi encaminhada e analisada pela Pefoce, que constatou através de exame de comparação balística que a pistola foi o armamento utilizado no crime.
Indiciado pela Polícia Civil - O DHPP, por meio da 10ª Delegacia, responsável pelas apurações, indiciou o homem, que não tinha antecedentes criminais, por homicídio doloso, na modalidade de dolo eventual. O inquérito policial foi concluído dentro do prazo legal, e remetido ao Poder Judiciário.
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