O primeiro mês da quadra chuvosa cearense supera em 61,1% a normal climatológica, de acordo com dados preliminares da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Foram registrados 191,1 mm de chuvas até esta sexta-feira, 28. Para o período, a normal é de 118,6 milímetros.
O balanço mensal segue a tendência apresentada no prognóstico divulgado em janeiro pela Funceme, indicando o primeiro mês da quadra como chuvoso. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o Ceará também apresenta dados positivos. Em fevereiro de 2019, o Estado registrou 172 mm, o equivalente a 11% de diferença em relação ao mês atual.
De acordo com Meiry Sakamoto, gerente de meteorologia da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos, o cenário observado está associado à atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). “Em fevereiro, [o sistema] permaneceu bem próximo ao nosso litoral e, às vezes, até em outras regiões do Estado, por isso as chuvas foram até melhor distribuídas no Estado”, explica a meteorologista.
Chuvas ficaram acima da média em todas as macrorregiões
O cenário observado em relação às macrorregiões também foi positivo, pois todas ficaram acima da normal climatológica. Litoral de Fortaleza superou em 90% a normalidade, com o total de 277,1 mm. Já o Cariri e o Sertão Central e Inhamuns, tiveram precipitações mais expressivas em comparação com o ano passado.
Em 2019, o Cariri ficou abaixo da média esperada para o mês, com 107,7 mm, considerando que a normal climatológica para a região é 166,8 mm. Já no período atual, a macrorregião apresenta 253,9 mm.
Foram registrados 156,8 mm no Sertão Central e Inhamuns. Segundo a Funceme, o dado representa uma evolução de 49% na quantidade de chuvas esperada para a região (105,3 mm); além de ser um incremento de 18% quando comparado à quantidade registrada em 2019. Na época, foram observados 132,6 mm.
Reservatórios
Para Meiry Sakamoto, ainda é cedo para fazer uma avaliação dos açudes do Ceará. Segundo ela, é preciso que as precipitações ocorram nos lugares certos e nos momentos certos. “Os grandes reservatórios como Castanhão e Orós já devem ter começado a receber os primeiros volumes de água; mas para recuperá-los, vai ser preciso que a estação seja chuvosa de fato”, ressalta a gerente meteorologia da Funceme.
Atualmente, dos 155 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), 90 estão com volume abaixo dos 30% e 26 acima dos 90%. O Castanhão, por exemplo, tem neste momento apenas 2,59% de sua capacidade total.
Com informações do O Povo
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