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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Ceará registrou 129 acidentes elétricos com mortes

Resultado de imagem para choque elétrico no ceará
A força do choque foi tão intensa que a porta da geladeira acabou sacada do lugar quando a aposentada Terani Bastos, 64, chegou da praia “de pé descalço” e tentou abrir o eletrodoméstico. “Tomei um choque tão forte, daqueles que jogam a gente pra fora, que a porta veio junto e caiu em cima de mim”, relata, considerando “um milagre não ter morrido”. A sorte, porém, não é de todos: no Ceará, 147 acidentes elétricos foram registrados entre 2013 e 2016, dos quais 129 resultaram na morte das vítimas, de acordo com o Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica, divulgado pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel). A informação é do Diário do Nordeste.

Somente no ano passado, 26 acidentes ligados à eletricidade, entre choques, incêndios por curto circuito e descargas atmosféricas, levaram as vítimas à morte no Estado, segundo apontou o levantamento da Abracopel. Os dados mostraram ainda que o Nordeste é líder isolado em acidentes elacionados a falhas na rede elétrica: das 2.408 mortes contabilizadas nas cinco regiões do País apenas por choques, de 2013 a 2016, 1.054 foram em estados nordestinos, o que corresponde a cerca de 44% dos óbitos em todo o Brasil. 


De acordo com o especialista em eficiência elétrica da Enel Distribuição, Marcony Melo, a maior parte das ocorrências atinge as residências – principalmente as de baixa renda –, tendo como causas mais comuns o uso prolongado de equipamentos elétricos e a sobrecarga da rede.

“O maior problema é a falta de informação, de atenção com as instalações. Normalmente, os acidentes são originados pelo superaquecimento de aparelhos como ventilador, ar-condicionado e carregadores de celular, além do uso exagerado dos 'Ts' (multiplicadores de tomadas) e de extensões com falha de isolamento”, esclarece Melo, ressaltando ainda que as ligações clandestinas, mais conhecidas como “gambiarras” ou “gatos”, além de se configurarem como crime, aumentam o risco de acidentes.

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