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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Segundo o parlamentar, gravações feitas pelo setor de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública revela a trama de bandidos



Wagner critica a postura do secretário da Segurança diante da morte de 31 agentes do setor 
A ordem para “caçar” policiais partiu de dentro de uma unidade do Sistema Penitenciário na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Quem afirma é o deputado estadual Capitão Wagner (PR). Segundo ele, autoridades de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) já estão com gravações que apontam o fato. No entanto, a Pasta não quer expor o fato ao público e o titular do órgão, secretário Delci Teixeira, nega a “caçada”.
Em entrevista ao programa “Ceará News”, na rede Plus FM, na manhã desta segunda-feira (21), o deputado foi enfático ao afirmar que as gravações foram feitas através de interceptações telefônicas e nestas, membros de facções que estão detidos na Penitenciária de Pacatuba dão ordem aos comparsas para iniciar a “caçada” aos policiais.
O resultado disso são os números catastróficos que apontam 31 agentes da Segurança Pública assassinatos neste ano no Ceará. Já foram mortos 24 policiais militares, dois policiais civis, dois agentes penitenciários, dois policiais rodoviários federais e um delegado de Polícia Civil (ver lista completa no fim da matéria).
Para Wagner, as declarações dadas na semana passada pelo secretário Delci Teixeira, que negou a “caçada” e disse que “os policiais morreram, em sua maioria,  de folga” e que “os servidores deveriam se reciclar na Academia”, só mostram o quanto a classe está abandonada pelo governo. Para o deputado, melhor seria ser houvesse uma investigação mais aprofundada sobre o que está acontecendo e que a SSPDS orientasse os policiais sobre como se precaver dos atentados e assaltos nas ruas.
O parlamentar falou também sobre a questão salarial de policiais e bombeiros. Conforme ele, nem mesmo o reajuste anual para recompor as perdas foi concedido pelo governo à classe em 2016 e o governo já disse que o mesmo vai se repetir em 2017.  Ele confirmou uma assembléia dos policiais e bombeiros militares para o próximo dia 2 de dezembro, quando então será tomada uma decisão sobre o que fazer diante de tal situação. 
Por FERNANDO RIBEIRO

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