Confronto
foi gravado em unidade do Complexo do Curado, na quarta (31). (Foto:
Reprodução)
Um vídeo enviado pelo Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária
de Pernambuco (Sindasp-PE) mostra uma briga de facões entre dois detentos do
presídio Juiz Antônio Luiz Barros (Pjalb). As imagens foram feitas na última
quarta-feira (31), na unidade prisional que integra o Complexo do Curado, na
Zona Oeste do Recife. Entretanto, elas só foram divulgadas nesta terça-feira
(6). Veja abaixo.
O caso ocorreu no pavilhão P do Pjalb. Nas imagens, é possível ouvir gritos de incentivo enquanto dois detentos, um só de calção e outro de camisa verde, “duelam”. O que está sem camisa luta com dois facões na mão. Outros presos também portam o mesmo tipo de arma ao assistir à briga.
De acordo com o presidente do Sindasp-PE, João Carvalho, um preso ficou ferido e foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) dos Torrões, na Zona Oeste. O estado de saúde dele ainda não foi divulgado.
Essa não é a primeira vez que uma ação como essa é registrada no Complexo do Curado. O presídio é marcado por rebeliões, superlotação e brigas entre facções. A rivalidade entre grupos é apontada por Carvalho como sendo a motivação do último confronto filmado.
“O chaveiro [detento com bom comportamento que detém a chave e é responsável pelo pavilhão] solta um preso e esse vai para a área de outra facção. Isso é briga de facções, milícias dentro do presídio. Eles brigam pelo controle do pavilhão”, explica.
Para o presidente do sindicato, a ação poderia ser evitada se o sistema prisional tivesse um número adequado de agentes penitenciários. “Infelizmente, o Estado está sendo omisso. Ele tem que colocar efetivo, mas só anuncia o concurso. Diz que vai fazer, mas não marca. Enquanto isso, o efetivo vai reduzindo com a inauguração de novas unidades”, afirma. Ele declara que o remanejamento afeta diretamente o plantão.
“No Complexo do Curado, antes, tínhamos um plantão com 20 agentes. Hoje, são quatro, cinco pessoas para tomar contar de toda uma unidade. Não tem condições, porque não é só observação de detendo, há também os trabalhos burocráticos”, denuncia.
O G1 entrou em contato com a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), mas ainda não obteve retorno.
Outras ocorrências
Em janeiro de 2015, a reportagem do NETV 2ª Edição flagrou uma briga de detentos em uma das unidades prisionais. Nas imagens, registradas pelo cinegrafista Edison Silva, dois presos armados de facão se agridem. Outros internos, muitos deles também armados, apartam a briga.
Troca de tiros e fogo em colchões marcaram uma rebelião na Penitenciária Agroindustrial São João, em Itamaracá, no último mês de julho. De acordo com a Polícia Militar, o levante começou durante a manhã do dia 14 e teria sido motivado pela falta d’água na unidade há pelo menos três dias. O tumulto foi controlado por volta das 11h. Não houve mortos e seis pessoas ficaram levemente feridas.
Ainda em Itamaracá, um detento morreu após uma briga com outro interno na Penitenciária Barreto Campelo no dia 10 de julho, mesma data em que outro grupo de detentos abateu gatos para fazer um "churrasco". De acordo com a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), o detento responsável pela ação foi identificado e encaminhado à delegacia de Itamaracá para as providências cabíveis.
No dia 12 de julho, um detento do Presídio Agente de Segurança Penitenciária Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa), pertencente ao Complexo do Curado, no Recife, foi morto a facadas por outro preso. De acordo com o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária de Pernambuco (Sindasp-PE), o homem estava na unidade há quatro meses e foi assassinado a facadas.
O caso ocorreu no pavilhão P do Pjalb. Nas imagens, é possível ouvir gritos de incentivo enquanto dois detentos, um só de calção e outro de camisa verde, “duelam”. O que está sem camisa luta com dois facões na mão. Outros presos também portam o mesmo tipo de arma ao assistir à briga.
De acordo com o presidente do Sindasp-PE, João Carvalho, um preso ficou ferido e foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) dos Torrões, na Zona Oeste. O estado de saúde dele ainda não foi divulgado.
Essa não é a primeira vez que uma ação como essa é registrada no Complexo do Curado. O presídio é marcado por rebeliões, superlotação e brigas entre facções. A rivalidade entre grupos é apontada por Carvalho como sendo a motivação do último confronto filmado.
“O chaveiro [detento com bom comportamento que detém a chave e é responsável pelo pavilhão] solta um preso e esse vai para a área de outra facção. Isso é briga de facções, milícias dentro do presídio. Eles brigam pelo controle do pavilhão”, explica.
Para o presidente do sindicato, a ação poderia ser evitada se o sistema prisional tivesse um número adequado de agentes penitenciários. “Infelizmente, o Estado está sendo omisso. Ele tem que colocar efetivo, mas só anuncia o concurso. Diz que vai fazer, mas não marca. Enquanto isso, o efetivo vai reduzindo com a inauguração de novas unidades”, afirma. Ele declara que o remanejamento afeta diretamente o plantão.
“No Complexo do Curado, antes, tínhamos um plantão com 20 agentes. Hoje, são quatro, cinco pessoas para tomar contar de toda uma unidade. Não tem condições, porque não é só observação de detendo, há também os trabalhos burocráticos”, denuncia.
O G1 entrou em contato com a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), mas ainda não obteve retorno.
Outras ocorrências
Em janeiro de 2015, a reportagem do NETV 2ª Edição flagrou uma briga de detentos em uma das unidades prisionais. Nas imagens, registradas pelo cinegrafista Edison Silva, dois presos armados de facão se agridem. Outros internos, muitos deles também armados, apartam a briga.
Troca de tiros e fogo em colchões marcaram uma rebelião na Penitenciária Agroindustrial São João, em Itamaracá, no último mês de julho. De acordo com a Polícia Militar, o levante começou durante a manhã do dia 14 e teria sido motivado pela falta d’água na unidade há pelo menos três dias. O tumulto foi controlado por volta das 11h. Não houve mortos e seis pessoas ficaram levemente feridas.
Ainda em Itamaracá, um detento morreu após uma briga com outro interno na Penitenciária Barreto Campelo no dia 10 de julho, mesma data em que outro grupo de detentos abateu gatos para fazer um "churrasco". De acordo com a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), o detento responsável pela ação foi identificado e encaminhado à delegacia de Itamaracá para as providências cabíveis.
No dia 12 de julho, um detento do Presídio Agente de Segurança Penitenciária Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa), pertencente ao Complexo do Curado, no Recife, foi morto a facadas por outro preso. De acordo com o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária de Pernambuco (Sindasp-PE), o homem estava na unidade há quatro meses e foi assassinado a facadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário