Tendo saído de máxima a 80.344,03 pontos na sessão, o Ibovespa retrocedeu à linha de 77 mil pontos no fechamento de terça-feira, 12, na mínima do dia, enquanto o dólar, pouco antes do encerramento, renovava máximas intradia na casa de R$ 5,88, refletindo ambos os ativos o aumento da percepção de risco político. Assim, no piso do dia, em baixa de 1,51% no encerramento, o principal índice da B3 foi aos 77.871,95 pontos.
Ontem, as perdas na B3 começaram a se acentuar por volta de 15h, quando surgiam as primeiras notícias sobre o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, na qual Moro, ainda ministro da Justiça e Segurança Pública, teria sido ameaçado de demissão pelo presidente Bolsonaro, em busca de controle direto sobre a Polícia Federal.
Segundo o advogado de Moro, o vídeo, exibido ontem na PF, confirma "integralmente" o depoimento inicial. Investigadores que acompanharam a exibição do vídeo avaliaram que o conteúdo da gravação é 'devastador' para o presidente.
No mesmo trecho da tarde, chegava do Exterior a notícia de que o Senado dos EUA avalia projeto para impor sanções a autoridades chinesas, realimentando temores sobre a relação entre as duas maiores economias do globo e colocando Wall Street em terreno negativo na sessão, com perdas de 2,05% para o S&P 500 no fechamento.
Já o dólar operou boa parte em queda, mas a direção mudou no meio da tarde e a moeda norte-americana atingiu novos recordes no mercado local, levando o Banco Central a intervir com leilão extraordinário de US$ 500 milhões de swap. O dólar à vista terminou em novo nível recorde, cotado em R$ 5,8686, em alta de 0,82%. No mercado futuro, o dólar para junho era negociado em R$ 5,88 no fim da tarde.
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