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domingo, 19 de abril de 2020

Pesquisadores apontam picos de Covid-19 no Ceará nos meses de abril e maio

O Instituto Ampla Pesquisa apresentou estudo estatístico que aponta a probabilidade de pico de infecção do novo coronavírus no Ceará entre os dias 25 e 27 de abril, com estimativa de 3087 a 4100 casos confirmados, e repico no período de 20 a 30 de maio. A análise parte de dados coletados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) entre 15 de março e 16 de abril e prevê, com base noa tual crescimento, que haverá uma média de 80 pessoas aguardando atendimento e mais 80 esperando por vagas em leitos.

Ainda com base na atual taxa de atendimento do sistema de saúde, a pesquisa aponta que o tempo médio de espera na fila será de 9 dias e, para ser atendido, de 10 dias.“O sistema irá entrar em colapso e com isso, a taxa de contaminação tende a acelerar”, elenca o relatório do Ampla Pesquisa ao tratar sobre a probabilidade de dois picos seguidos. Conforme o diretor do Instituto, Agliberto Ribeiro, "o importante será monitorar a evolução de novos casos nos próximos dias, pois será esse cenário que vai refletir claramente relaxamento do isolamento social visto nas ruas e noticiados diariamente pela imprensa".

Até esta quinta-feira (16), a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) contabiliza 135 óbitos e 2412 casos de infecção no Ceará, com um percentual de 5,6% de mortos em relação ao total de contaminados pelos vírus. Com adoção de isolamento social, o Estado apresentou uma taxa média de 6,5% de crescimento entre o período de 8 a 16 de abril, evidenciando estabilidade.

Velocidade do crescimento
A análise da velocidade do crescimento entre os dias pode apontar uma estabilidade ou aceleração dos casos. Entre os dias 22 a 31 de março, a curva de crescimento foi observada como amortecida, segundo o Instituto. A taxa média de crescimento nos dias 29 e 30 de março foi de 6,41%, enquanto dos dias 30 a 31, do mesmo mês, foi de 4,96%. Na virada entre 31 de março e 1 de abril já houve um aumento para 10,97%, apesar de se manter dentro da normalidade.

Do dia 1 a 2 de abril, a aceleração foi de 26,52%, tendo outra taxa de crescimento no dia 6, com 24,30%. Já entre 8 a 16 de abril, o crescimento voltou a baixar, mantendo uma estabilidade de 7,3%. Para a pesquisa, a aceleração no começo de abril pode estar relacionado com o relaxamento da população ao isolamento e, caso ocorra um aumento de circulação nas ruas, a consequência deverá refletir na curva das próximas semanas.

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