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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

PF não encontra dinheiro supostamente enterrado em imóvel de luxo


Não foi encontrada nenhuma quantia em dinheiro enterrada no condomínio de casas de luxo na Praia do Futuro, em Fortaleza. As buscas pelos milhões de euros, supostamente escondidos no jardim da residência, faziam parte da operação Fiorino, que investiga esquema de lavagem de dinheiro e venda de drogas por quadrilha holandesa.
O trabalho realizado durante toda a manhã de ontem foi comandado pela Polícia Federal no Ceará, em acordo de cooperação internacional com a Holanda. No imóvel na Capital, foram feitas escavações com ajuda de equipamentos rastreadores de solo na área externa da casa.
De acordo com o delegado Welington Santiago, responsável pelas investigações em solo cearense, a residência pertencia ao líder da quadrilha — um holandês casado com uma brasileira. A operação foi desencadeada simultaneamente no Brasil e na Europa. Um casal, que tem parentesco com o chefe do esquema, foi preso na Holanda.
Buscas
Segundo o delegado, o imóvel estava fechado, mas havia indícios de cuidados recentes no local. Foram apreendidos documentos no interior da casa, adquirida com dinheiro do esquema ilícito, que devem auxiliar nas investigações holandesas. A residência foi bloqueada e deve ser colocada à venda em breve, detalhou Santiago.
Vizinhos relataram à Polícia Federal que não suspeitavam de escavações para esconder o suposto dinheiro. Os moradores informaram ainda que o casal e os filhos iam pouco à residência.
A hipótese do esconderijo foi levantada pela polícia holandesa no andamento das investigações. Após cumprimento de mandado ontem, o delegado Welington Santiago afirma que a participação da Polícia cearense foi encerrada. “As medidas necessárias para a busca foram realizadas, com absoluta certeza de que todos os esforços, inclusive com meios tecnológicos, foram utilizados”, comentou.
Investigações
Os materiais apreendidos serão encaminhados para a Polícia Judiciária holandesa, que dará prosseguimento às investigações. O principal suspeito, segundo informou Santiago, encontra-se na Holanda, onde já responde a processos criminais pelos mesmos crimes de “cultivo, preparação e distribuição de maconha”, além da lavagem de dinheiro.
Saiba mais
Uso legalizado
O caso é peculiar, destaca o delegado da Polícia Federal, Welington Santiago. “Apesar de o uso e até a produção do entorpecente serem permitidos nessa parte da Europa, tudo deve ocorrer sob controle estreito do governo holandês”, explica. Conforme Santiago, se a produção e o consumo não cumprem os requisitos de controle, é configurado o crime.
Por Cinthia Freitas - O POVO

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