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domingo, 17 de agosto de 2025

Exportações do Ceará crescem 31,5% e deficit comercial cai pela metade

Entre janeiro e julho de 2025, o comércio exterior do Ceará manteve trajetória de crescimento na comparação com o mesmo período do ano anterior. As exportações somaram US$ 1,35 bilhão, alta de 31,5% sobre 2024. O avanço, ainda influenciado pela base reduzida do setor de ferro e aço no ano passado devido a entraves operacionais, reforça a retomada do desempenho exportador no estado.Foto: Tatiana Fortes/ Governo do Ceará

As importações totalizaram US$ 1,67 bilhão, com leve queda de 0,9% em relação ao ano anterior. Com isso, o deficit comercial recuou para –US$ 319,87 milhões, redução de 51,6% no saldo negativo. Os dados integram o Ceará em Comex, estudo de inteligência comercial produzido pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).

RISCO EXTERNO

Desde o início deste mês, o Estado enfrenta novos desafios com a aplicação de tarifas adicionais pelos Estados Unidos a determinados produtos brasileiros. Setores com forte dependência do mercado estadunidense exigem atenção especial, como pescados (56,5% das vendas destinadas aos EUA), preparações hortícolas e de frutas (54,3%), ceras vegetais (23,8%), peles e couros (27,2%) e parte do segmento de calçados (18,7%).

Os Estados Unidos responderam por 53,6% das exportações cearenses no acumulado do ano, o que amplia o potencial de impacto das medidas.

Em julho, as importações somaram US$ 241,52 milhões, alta de 14,4% em relação a junho e aumento de 2,1% frente a julho de 2024. A pauta de compras externas manteve-se concentrada em combustíveis minerais (US$ 411,42 milhões), ferro e aço (US$ 223,57 milhões) e produtos químicos orgânicos (US$ 177,59 milhões). Destacaram-se as altas de produtos químicos orgânicos (+79,5%) e adubos (+59,5%).

No recorte por país de origem, a China seguiu como principal fornecedora, com 34,4% de participação, apesar da queda de 15,3% no ano. Outros fornecedores registraram aumentos expressivos, como Japão (+262,0%), Índia (+55,0%), Uruguai (+46,9%), Austrália (+9,9%) e Rússia, o que reforça a diversificação geográfica das importações cearenses.

Com informações do Site Opinião CEn

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