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domingo, 24 de agosto de 2025

Idosos são 41% da população que mora sozinha no Ceará

Foto Fabiane de Paula
Em 12 anos, a população idosa que vive sozinha no Ceará mais que duplicou em números absolutos e passou a representar, em 2024, 41% dos lares unipessoais. De 84 mil, eles chegaram a 213 mil no ano passado. 

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2024, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa última sexta-feira (22).

Na outra ponta temporal, em 2012, eles eram 38,5%. Ou seja, a baixa amplitude da variação, mesmo combinada à duplicação do número de idosos nessa situação, indica que o volume total de moradores únicos no Estado cresceu em ritmo similar ao longo dos anos de maneira geral.

Fazendo um enquadramento mais recente, contudo, é possível observar o envelhecimento dessa dinâmica domiciliar mais de perto. Por exemplo, comparando apenas com 2023, a pesquisa mostrou que os idosos representaram o maior acréscimo – mais 6,5 p.p. – de domicílios unipessoais.

Por outro lado, em termos gerais, nesse período específico, houve uma leve regressão de 529 mil a 520 mil. O grupo de adultos entre 30 e 59 anos puxou essa oscilação. O levantamento também traz informações de indivíduos entre 15 e 29 anos, que não apresentou mudanças significativas no biênio em questão.

Em síntese, a população idosa morando só cresceu nos dois últimos, enquanto o grupo imediatamente mais jovem diminuiu no Ceará.

Para Álvaro Madeira Neto, médico gestor em saúde, esse fenômeno tem múltiplas causas. “A viuvez, sem dúvida, é um dos principais fatores. Como as mulheres vivem, em média, mais que os homens, muitas acabam então enfrentando a velhice sozinhas. Mas também tem um componente positivo, pode-se dizer assim, ligado à busca por autonomia”, observou.

Com informações do Diário do Nordeste.

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