Washington, 10 de abril de 2025 – O presidente Donald Trump intensificou a guerra comercial com a China ao anunciar, nesta quinta-feira, um aumento drástico nas tarifas sobre produtos chineses, elevando-as para 145%. A medida, confirmada pela Casa Branca, entra em vigor imediatamente e marca uma escalada significativa na política protecionista de Trump, que havia prometido durante a campanha endurecer as relações econômicas com Pequim. O objetivo, segundo o governo, é pressionar a China a rever suas práticas comerciais e reduzir o déficit comercial dos Estados Unidos, que atingiu níveis recordes nos últimos anos.
A decisão vem após uma série de idas e vindas nas negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo. Inicialmente, Trump impôs tarifas de 104% sobre importações chinesas, mas, diante da retaliação de Pequim – que elevou suas próprias tarifas sobre bens americanos para 84% –, o presidente optou por uma postura ainda mais agressiva. Enquanto isso, tarifas sobre outros países foram pausadas por 90 dias e reduzidas para 10%, uma estratégia que, segundo analistas, visa isolar a China no cenário global e forçar concessões. A Casa Branca afirma que a medida reflete a “falta de respeito” de Pequim pelos mercados mundiais, mas economistas alertam que o aumento pode disparar os preços de bens de consumo nos EUA.
A reação internacional não tardou. Mercados asiáticos e europeus registraram quedas acentuadas, enquanto o governo chinês prometeu “lutar até o fim” contra o que classifica como “bullying econômico”. Especialistas preveem que a escalada tarifária pode desencadear uma nova onda de instabilidade econômica global, com impactos diretos em cadeias de suprimentos e no bolso dos consumidores americanos. Nos EUA, a base de apoio de Trump celebra a medida como uma vitória do “America First”, mas críticos, incluindo vozes dentro do Partido Republicano, temem que o custo da guerra comercial seja pago pelos trabalhadores e empresas americanas. O embate entre Washington e Pequim parece longe de um desfecho.
Fonte: Diário Brasil Notícias
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