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sexta-feira, 11 de abril de 2025

Nova rota entre Ceará e China deve beneficiar Shein e Shopee e aumentar em 20% as importações

Foto: Cipp/Divulgação
A inauguração de uma nova rota para transportes de cargas entre a Ásia (principalmente a China) e o Porto do Pecém, na Região Metropolitana de Fortaleza, deve trazer ganhos logísticos para plataformas de e-commerce, como Shein, Shopee e AliExpress.

Conforme análise de especialistas ouvidos pelo Diário do Nordeste, a tendência é de que, com um tempo menor de deslocamento realizado praticamente de forma direta, já que o porto cearense será a primeira parada dos navios no Brasil, as plataformas digitais tenham custos reduzidos com as operações de importações de mercadorias, além de um aumento de 20% no volume do que chega do exterior.

O anúncio, ocorrido nesta última quarta-feira (8), explica como será a nova rota. Chamada de Serviço Santana, o trajeto é operado pela MSC em parceria com a APM Terminals. De acordo com a divulgação, o ineditismo fica por conta da ligação direta entre a China e o Ceará.

A rota percorre, no continente asiático, o porto de Mundra (Índia) e passa por Singapura até chegar à China. De lá, segue por Yantian, Ningbo, Xangai — maior porto do mundo — e Qingdao.

Ainda na Ásia, faz uma última parada em Busan (Coreia do Sul) antes de retornar à América pelo Oceano Pacífico, onde chega ao Pecém, mas antes faz escalas em Cristobal (Panamá) e Caucedo (República Dominicana). Segundo material divulgado, a ideia é reduzir a conexão entre o continente e o Ceará praticamente pela metade.

"A nova rota marítima entre a China e Fortaleza reduz significativamente o tempo de transporte de mercadorias e favorece essa logística. (…) O tempo de deslocamento, que atualmente é de cerca de 60 dias, passará para apenas 30 dias, tornando o Ceará ainda mais competitivo no cenário do comércio exterior", frisa Max Quintino, presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp).

Para o advogado especialista em logística e direito marítimo Larry Carvalho, a estimativa é de que os custos de operação dos agentes portuários com a nova rota pode cair cerca de 20%, com benefícios principalmente para o Estado.

"Considerando a redução de 50% no tempo de transporte e os ganhos de eficiência nas operações portuárias do Pecém, estimo uma redução nos custos logísticos na ordem de 20%, dependendo de fatores como o volume de carga, a negociação com armadores e a estabilidade da demanda. Esse percentual pode ser ainda maior para cargas sensíveis ao tempo, onde a agilidade é um diferencial competitivo", pontua.

Com informações do Diário do Nordeste.

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