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Foto Samuel Setubal |
O simples som de uma motocicleta se aproximando é suficiente para acender o alerta em grande parte da população brasileira.
De acordo com a pesquisa divulgada nesse sábado, 12, pelo instituto Datafolha, 8 em cada 10 brasileiros relatam sentir medo de serem assaltados ao perceberem a chegada de uma moto. A sensação de insegurança é ainda maior entre mulheres, idosos e pessoas de baixa renda.
Realizada entre os dias 1º e 3 de abril, a pesquisa ouviu 3.054 pessoas maiores de 16 anos em 172 municípios de todas as regiões do país.
O levantamento revela que 55% dos entrevistados afirmam sentir "muito medo" em situações envolvendo a aproximação de motocicletas, enquanto 26% dizem sentir "um pouco de medo". Apenas 19% relatam não sentir nenhum receio.
Medo de assalto: cenário é reflexo de insegurança pública
O cenário é reflexo de uma percepção mais ampla de insegurança vivida cotidianamente. A pesquisa também avaliou o medo de assaltos em nove situações corriqueiras, como usar o celular na rua, esperar por transporte público, parar no semáforo ou estar em um restaurante.
Em todas elas, a maioria dos entrevistados relatou algum grau de medo. A situação que menos causa temor, embora ainda significativa, é estar em um restaurante, com 31% afirmando ter um pouco de medo e 21% relatando muito medo.
A aproximação de motos foi a situação que gerou maior temor entre os entrevistados, superando até mesmo o uso de transporte público ou a entrada e saída de casa.
O medo é particularmente acentuado entre as mulheres, com 66% delas afirmando sentir muito medo ao ver uma motocicleta se aproximando, em comparação com 44% dos homens.
O recorte etário também revela discrepâncias em que 63% das pessoas com mais de 60 anos relatam intenso receio nessa situação, contra 49% dos jovens entre 16 e 25 anos.
A insegurança é ainda mais presente entre a população de baixa renda. De acordo com o levantamento, pessoas com renda familiar de até dois salários mínimos sentem mais medo do que aquelas que recebem acima de dez salários mínimos. Segundo os pesquisadores, essa diferença revela o impacto da desigualdade social sobre a vivência da violência urbana.
Com informações do O Povo.
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