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Um ramal ferroviário que ligará a usina de Itataia, em Santa Quitéria, à Transnordestina é uma das obras consideradas estratégicas pela indústria para o desenvolvimento econômico do setor.
Com cerca de 100 quilômetros de extensão, o valor total da construção seria de R$ 1,5 bilhão, segundo estimativa do setor industrial. Isso porque o valor médio de construção ferroviária, por quilômetro, é de R$ 15 milhões.
A obra está na lista apresentada no Panorama da Infraestrutura– Edição Nordeste, elaborado e apresentado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em agosto, na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).
Segundo o coordenador do Núcleo de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Heitor Studart, o ramal é uma “estrutura fundamental para o escoamento da produção da mina de fosfato de Itataia”.
Ele explica que essa estrutura servirá como um alimentador para a ferrovia Transnordestina e, assim, levará a produção até o Porto do Pecém para transporte do material.
O ponto de intersecção ocorreria em um pátio intermodal, localizado entre Acarape e Pacatuba. Porém, essa localização estaria, segundo Studart, em estudos e locais com possíveis melhores condições ainda podem ser apontados.
Sobre ter outras opções do escoamento da produção da mina, Studart aponta a ligação com a BR-020, que tem tráfego de carga pesada e que levaria o fosfato também até o Porto do Pecém.
A estrada, no entanto, precisa de adequações e obras, o que também estaria sendo pleiteado pelo setor industrial com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). “Mas claro que o ramal ferroviário, em termos de custo e de produtividade, é muito mais efetivo”.
Após iniciada, a expectativa é de que a obra demore em torno de um ano e meio. O prazo é considerado pequeno pelo especialista, mas ele explica os motivos.
Como na área já existe um antigo ramal da Ferrovia Transnordestina Logística (FTL) não seriam necessárias desapropriações de áreas e novas licenças ambientais. “Por isso já teríamos esses pré-requisitos, sendo o que demora mais no início de qualquer projeto”.
Para a exploração deste ramal, Studart comenta que é necessário ter uma autorização de concessão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
“E isso é feito por meio de uma audiência pública, onde todos os interessados (em construir e operar) podem se habilitar”.
O que diz a Transnordestina
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Transnordestina Logística afirma que embora não conheça em detalhes o empreendimento, "nada impede que a possibilidade seja avaliada em um futuro breve". A empresa vê de forma favorável qualquer iniciativa de execução, por parte dos potenciais clientes, de projetos de acesso à sua malha ferroviária ou aos futuros terminais da ferrovia. "Tais investimentos podem ajudar a garantir a infraestrutura complementar necessária para ampliar as possibilidades de uso da ferrovia Transnordestina".
Con independente do Diário do Nordeste.
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