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quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Universidade Estadual do Ceará descobre óleo essencial para o tratamento de diabetes

Foto Divulgação 
A Universidade Estadual do Ceará (Uece) obteve a aprovação da sua quarta carta-patente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) para um óleo essencial que pode tratar diabetes. A pesquisa possui o título "Uso de extrato de plantas do gênero croton, uso de estragol, uso de anetol e método de tratamento de neuropatias".

"É a patente da utilização de óleo essencial da planta croton zehntneri, também muito conhecida como canela de cunhã, encontrada principalmente no Nordeste. A nossa patente lida exatamente com a utilização desse óleo para a preparação, possivelmente em composição farmacêutica, no tratamento de neuropatias, mais especificamente a neuropatia devido ao diabetes, a neuropatia diabética. Então, nós desenvolvemos esse estudo, utilizamos óleo essencial em uma determinada concentração e conseguimos ver que o tratamento com óleo essencial dessa planta conseguiu reverter ou, pelo menos, atenuar, alguns problemas que o diabetes pode provocar devido à neuropatia em gânglios nervosos e em troncos nervosos", explica Francisco Walber, que é o autor principal da tese de doutorado que resultou na patente.

Além de Walber, há ainda a autoria de Vânia Ceccatto, Aline Alice Albuquerque, Morgana Oquendo, Flávio Henrique Macedo, Kerly Shamyra Alves, José Henrique Leal Cardoso e Andrelina Souza no projeto.

Conforme o professor Henrique Leal, orientador da pesquisa da Uece e um dos autores da patente, a neuropatia diabética é um problema grave e comum. Ainda segundo o pesquisador, a cada 30 segundos uma pessoa tem um membro inferior amputado devido ao diabetes.

"A complicação mais grave do diabetes frequentemente é a neuropatia, que ocorre principalmente como lesão aos nervos mais longos do corpo, sendo um deles o nervo ciático, que vai desde a coluna até o pé. Esse nervo é atacado inicialmente no pé e depois essa lesão vai progredindo em direção às partes mais centrais do corpo. Então, esse é um acometimento muito grave, causando hipersensibilidade e até anestesia. A pessoa tropeça, fere o pé e não sente, sendo que no diabetes a cicatrização é mais difícil. Isso gera frequentemente um problema muito conhecido que é o pé diabético, em que a pessoa desenvolve úlceras no pé de difícil tratamento e de difícil cicatrização", disse.

Com informações do Diário do Nordeste.

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