Gêmeas idênticas separadas logo após o nascimento no interior do Ceará se conheceram nesta última quarta-feira (13), após 25 anos de espera. Antes disso, elas nunca haviam tido contato. As irmãs foram adotadas por famílias diferentes: uma delas reside na cidade de Bela Cruz, no interior do Estado, e a outra foi levada para São Paulo.
A distância de mais de 3 mil quilômetros que separava as gêmeas acabou após uma divulgação na internet feita por Gleiciara Davila dos Santos, que estava à procura da irmã que ela não conhecia.
"Uma cearense que mora em São Paulo viu a publicação, reconheceu devido à semelhança e avisou a minha irmã sobre a postagem. Antes disso, uma enfermeira que intermediou a doação da minha irmã me ligou, passou o nome que ela foi registrada, o que ajudou a achar o perfil nas redes sociais. Quando procurei no Face pelo nome achei de primeira, porque ela é a minha cara. Fiquei sem reação", relembra Davila.
'Como se eu estivesse olhando para um espelho'
O primeiro contato entre as irmãs, que sabiam da existência uma da outra, aconteceu na tarde desta quarta-feira. Em uma videochamada, Davila e Marimar Ribeiro, que mora na capital paulista, se falaram pela primeira vez.
"A gente ficou besta quando viu uma a outra. Não imaginava que parecia tanto, era como se eu estivesse olhando para um espelho", afirma a Davila.
Além de conhecer Davila, Marimar conversou com a mãe biológica Maria das Dores Sales, que mora próximo à irmã dela, no distrito de Carrasco, zona rural do município de Bela Cruz. "Nossa mãe ficou muito feliz e pediu desculpas por não ter tido condições de criar a gente", relata a jovem.
Segundo Davila, a mãe adotiva de Marimar não pode ter filhos e ela era filha única. Agora, além da gêmea, ela descobriu que tem outros dez irmãos biológicos.
Separação na maternidade
Gleiciara Davila e Marimar nasceram no dia 2 de fevereiro de 1997, a primeira em no Hospital de Bela Cruz e a segunda, devido a complicações no parto, na Maternidade Dr. Moura Ferreira, na cidade de Acaraú, a 25 quilômetros de distância.
"Minha mãe tinha a saúde frágil, teve complicações após meu nascimento e foi transferida com urgência para Acaraú, onde minha irmã nasceu. Ainda no hospital ela falou que não ia ter condições de criar o bebê e uma enfermeira intermediou a adoção para uma família que iria morar em São Paulo. Já eu fui entregue para outra família", afirma Davila.
Com informações do G1 Ceará.
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