Cientistas do Brasil e da Alemanha deram um passo importante na busca de um composto que pode dar origem a um novo tratamento contra o câncer. A molécula estudada pelo grupo é um potente inibidor da proteína MPS1, envolvida no crescimento de tumores sólidos. Os resultados da pesquisa foram publicados ontem (15/02) no Journal of Medicinal Chemistry.
O trabalho vem sendo conduzido no Centro de Química Medicinal (CQMED) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com apoio da Fapesp. Os próximos passos envolvem o aprimoramento da molécula e a realização de testes em animais de laboratório e em células tumorais humanas.
O alvo da investigação – a MPS1 (monopolar spindle kinase 1) – é uma proteína que pertence à classe das quinases e desempenha um papel crítico no controle da divisão celular. A superexpressão dessa proteína tem sido associada a uma variedade de tumores sólidos, entre eles mama, pâncreas, glioblastoma e neuroblastoma. Por esse motivo muitos grupos de pesquisa buscam moléculas capazes de inibir a ação da MPS1.
As quinases, de modo geral, são consideradas alvos prioritários para o desenvolvimento de fármacos, pois regulam uma série de processos importantes no interior das células.
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