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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Morre em Juazeiro o radialista Carlos Alberto Miranda

Mirandaço - como era tratado pelos amigos - nasceu em Crato no dia 25 de maio de 1948 e completaria, este ano, 74 anos

Carlos Alberto Miranda morreu neste domingo no Hospital da Unimed

O radialista Carlos Alberto Miranda morreu por volta das 9 horas deste domingo num dos leitos do Hospital da Unimed em Juazeiro, onde estava internado há dez dias. Ele era paciente portador de diabetes, se tratava de câncer e sofreu dois Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs). Mirandaço – como era tratado pelos amigos – nasceu em Crato no dia 25 de maio de 1948 e completaria, este ano, 74 anos.
Enquanto cuidava das enfermidades, passou a residir no Hotel Viana no bairro Lagoa Seca entre idas e vindas aos hospitais seja de Recife, Barbalha ou Juazeiro. Após começar atividades no rádio cratense e, depois, Juazeiro, Miranda passou a trabalhar em Recife (PE) onde era muito conhecido e querido por todos os ouvintes e profissionais da comunicação. Como lembra o comentarista esportivo Wilton Bezerra, um homem que gostava muito, não só de fazer amigos, mas estar junto destes.
Depois de 30 anos em Recife, decidiu voltar a Juazeiro quando aceitou convite do diretor da Rádio Verde Vale AM, Demontier Tenório, e passou a apresentar um programa no horário vespertino. Posteriormente, foi contratado pelo Timaço da Vale FM e ainda estava na esperança de poder voltar a empunhar o microfone juntamente com os narradores Marco Valério e Delton Sá. É que um desses AVCs lhe causaram problemas na voz e Miranda sonhava um dia se reabilitar para poder fazer o que sempre mais gostou: narrar futebol.
Foi escritor deixando um livro sobre frases e causos que, aliás, costumava citar sempre que conferia o tempo do jogo a cada cinco minutos se constituindo numa marca sua. Os lances de perigo em que o atleta se aproximava da marcação do gol, Miranda costumava implorar: “Se vai pro gol, me chama que eu vou”. Na verdade, a vida desse profissional foi um golaço pontuando, nos últimos anos, como verdadeiro exemplo de resiliência. Miranda suportou muitas dores. Não só as causadas pelas enfermidades, mas, sobretudo, a impossibilidade de voltar a trabalhar ou estar confraternizando com os amigos.

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