O Ceará está entre os cinco estados do Brasil que mais registraram mortes de pessoas trans e travestis desde 2017. É o que aponta o relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), publicado nesta sexta-feira (28), com dados colhidos durante o ano de 2021.
Embora o estado tenha reduzido o número de assassinatos de 22 para 11, entre 2020 e o ano passado, ainda assim, ficou em quarto lugar da lista. Os números não são oficiais porque não existe um levantamento realizado pelo Governo Federal. A Antra faz as pesquisas a partir de uma rede nacional analisando relatos, reportagens, órgãos públicos e entidades não-governamentais.
Além disso, em 2021, a morte de uma pessoa transgênero mais jovem já registrada no Brasil ocorreu no Ceará. Keron Ravach, tinha 13 anos e foi assassinada com requintes de crueldade em Camocim. A menina também foi a mais jovem registrada em todo o mundo em 2021, pela ONG Transgender Europe (TGEU).
A idade com a qual Keron morreu chamou a atenção da associação por ela ser bem abaixo da já curta expectativa de vida de uma pessoa trans no Brasil. Atualmente, esse índice é de 35 anos, menos da metade do que a do brasileiro. Em 2021, a expectativa de vida subiu para 76,8 anos.
Com informações do G1 Ceará.
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