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terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Bolsonaro avança com projeto para que Brasil tenha presídios privados, presos trabalhando e pagando custos

O governo federal tem um projeto para privatizar presídios e fazer os presos trabalharem e usarem parte do salário para pagar seus custos. Noticiado pelo Conexão Política em julho de 2020, a pauta esteve em alta na agenda do Palácio do Planalto e já está nos processos finais para ser a nova aposta do presidente Jair Bolsonaro.

Conforme apurou o Conexão Política com interlocutores do governo, a medida visa alcançar soluções significativas para resolver o grande problema que é a situação carcerária no país. A ideia é que os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul sejam utilizados como projeto piloto para as ações.

Além disso, a reportagem revela que o governo quer utilizar a região Nordeste como plano estratégico, estendendo a proposta para capitais com altos índices de violência.

As visitas do chefe do Executivo ao Nordeste não têm sido apenas uma agenda visando uma futura reeleição, mas também uma investida para consolidar aliados que estejam dispostos a acenar positivamente para a ‘atitude dos sonhos’ de Bolsonaro.

Ceará e Pernambuco estão na mira do governo federal.

No primeiro semestre de 2020, o Ceará apresentou um forte aumento da violência, em comparação com o mesmo período de 2019. O número de assassinatos cresceu em 102,3%, passando de 1.106 assassinatos de janeiro a junho de 2019 para 2.245 em 2020, de acordo com dados oficiais da Secretaria da Segurança Pública.

O cenário em Pernambuco foi bastante semelhante. De janeiro a junho de 2020, 1.962 pessoas foram assassinadas no estado. O número representa aumento de 11,8% com relação ao mesmo período de 2019, que foi de 1.755 vítimas. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, através de documento anual que traz números fornecidos pelas secretarias de segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e federal.

Caso o projeto realmente avance, a iniciativa privada poderá atuar por 35-40 anos.

Com informações do Conexão Política

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