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sábado, 5 de dezembro de 2020

Ônibus que caiu de viaduto em MG já havia sido autuado três vezes por transporte irregular de passageiros

 De acordo com a ANTT, o veículo não tinha autorização do órgão - Bombeiros confirmam 15 mortes no acidente em João Monlevade

Ônibus cai de viaduto em João Monlevade

O ônibus que caiu de um viaduto em João Monlevade, na Região Central de Minas Gerais, já havia sido autuado três vezes, em 2019, por transporte irregular de passageiros. O acidente da tarde desta sexta-feira (04) deixou 15 mortos, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Outras 24 pessoas ficaram feridas, sendo três em estado grave.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que o ônibus não tinha autorização. "A empresa está cadastrada na ANTT e tem um Termo de Autorização para prestação de serviço regular concedido pela Justiça, por liminar. No entanto, o veículo em questão não estava habilitado para prestar o serviço de transporte de passageiros".
O ônibus da Localima Turismo, com placa de Alagoas, caiu na BR-381, em um trecho conhecido como "Ponte Torta", perto da entrada para Dom Silvério.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a suspeita é de que o veículo tenha perdido o freio. O motorista pulou do ônibus e fugiu, segundo relatos de testemunhas aos policiais.
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que a perícia esteve no local para fazer os primeiros levantamentos e que a causa do acidente será investigada. Os corpos foram  encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte e para o Posto Médico Legal de João Monlevade.

Transporte irregular - Só em 2019, foram três ocorrências registradas pela polícia envolvendo o veículo de placa "DTD-7253", de Mata Grande (AL). Os autos de infração foram lavrados nos dias 8 de fevereiro, 18 de abril e 8 de julho, em operações contra o transporte irregular.
Nas três ocasiões, "em virtude da indisponibilidade de meios para realização do transbordo dos passageiros", motoristas e passageiros foram liberados para seguir viagem. As pessoas pagaram entre R$ 200 e R$ 250 pelo transporte.
O destino, nessas três ocorrências, era o mesmo: São Paulo. Em nenhuma delas, segundo os registros do Sistema de Segurança Pública do estado de Minas Gerais, foi apresentada autorização do órgão competente para realização de "viagem remunerada de caráter interestadual".

VEJA FOTOS DO ACIDENTE

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