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sexta-feira, 4 de maio de 2018

O ato de lavar as mãos pode evitar a contaminação por superbactérias

Embora pareça simples, o ato de lavar as mãos corretamente ainda costuma ser ignorado no dia a dia, tanto por pessoas comuns como por profissionais de saúde. A prática é tão importante que foi adotada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma bandeira de combate à infecção hospitalar. A informação é do Diário do Nordeste.

Segundo a OMS, lavar as mãos significa reduzir, em aproximadamente 40%, doenças como gripe, conjuntivite e outras viroses. A recomendação de especialistas é fazer a higienização com água e sabão, além de, sempre que possível, carregar álcool em gel para se precaver quando não houver outros meios à disposição.

Além disso, a higienização correta das mãos é fundamental para prevenir que bactérias multirresistentes se espalhem em ambientes hospitalares. Dados da Organização Pan-Americana da Saúde revelam que, mundialmente, as infecções relacionadas à assistência à saúde afetam centenas de milhões de pessoas e têm um impacto econômico significativo nos pacientes e sistemas de saúde em todo o mundo.

Em países desenvolvidos, representam de 5% a 10% das internações em hospitais de cuidados agudos. Nos países em desenvolvimento, o risco é de duas a 20 vezes superior e a proporção de pacientes com esse tipo de infecção pode exceder 25%.

Uma das consequências da má higienização das mãos, é questão das bactérias multirresistentes, que vêm ganhando notoriedade nos últimos anos. A OMS declarou que até 2050, caso nada seja feito, tais bactérias poderão matar anualmente 10 milhões de pessoas no mundo, número maior que a mortalidade por câncer, que até lá, atingirá cerca de 8,2 milhões de pessoas ao ano.

No Brasil, de acordo com dados da Anvisa, cerca de 25% das infecções registradas são causadas por micro-organismos multirresistentes – aqueles que se tornam imunes à ação dos antibióticos.

“A higienização das mãos é uma prática tradicional e, isoladamente, é o fator mais importante na prevenção das infecções. Por mais que tenhamos tecnologia e antibióticos potentes, nada vai impedir que uma bactéria passe de um paciente para outro se não fizermos a higienização correta das mãos”, enfatiza Dr. Evaldo Stanislau Affonso de Araújo, médico da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas.

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