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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Ceará registra mais de 97 mil casos de chikungunya em 2017; 136 pessoas morreram


O Ceará já registra 136 mortes por chikungunya até o último dia 11, de acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa). Fortaleza concentra o maior número de casos, com 105 mortes. O número de casos confirmados da doença chegou a 97.226 no Ceará, dos quais 56.641 em Fortaleza, o que representa 58% do total.

A doença provoca febre, dores nas articulações e pode causar até um novo tipo de reumatismo. De acordo com especialistas, existem quadros sem dor, dor leve, moderada e grave. Em 50% dos casos, elas se tornam crônicas.

Esse novo tipo de reumatismo é semelhante à artrite, cuja causa é a inflamação nas articulações e a infecção dos nervos, que leva à sensação de dormência. Além disso, ocorre inchaço porque o vírus também invade o sistema linfático.

Os mais acometidos pelos quadros crônicos e dolorosos são mulheres com doença aguda por mais de dez dias ou com mais de três semanas de dores articulares, pessoas que já tenham problemas articulares e diabetes.

Sintomas

Transmitida pelos mosquitos aedes aegypti e aedes albopictus, em adultos a chikungunya apresenta sintomas como febre de início súbito maior de 38,5°C; dores intensas e inchaços nas articulações com início agudo, sem outra causa definida e lesões na pele.

Dor de cabeça, dor muscular, cansaço, diarreia, vômitos, conjuntivite, dor de garganta e dor abdominal também são sintomas comuns na fase inicial da doença, segundo especialistas.

O período de incubação da chikungunya no ser humano pode ser de até duas semanas, mas, na maioria dos casos, a doença surge entre três a sete após a pessoa ter sido picada pelo mosquito aedes aegypti ou eedes albopictus. Cerca de 80% dos pacientes contaminados desenvolvem os sintomas da doença, segundo estudos.

A fase aguda da febre chikungunya começa com uma febre alta de início súbito, geralmente em torno de 40ºC, associada a mal-estar e dor em várias articulações. As dores articulares costumam surgir nas primeiras 48 horas e acometem cerca de 90% dos pacientes com chikungunya. As dores surgem no corpo inteiro, mas os locais mais afetados costumam ser as mãos, punhos, pés e tornozelos. Intensa dor lombar também é comum.

O paciente pode ter dor em mais de 10 grupos articulares ao mesmo tempo, o que o deixa incapacidade para a realização de atividades simples e corriqueiras, como pentear os cabelos e levar um alimento à boca. Esse é o sintoma mais característico da enfermidade: dor forte nas articulações, tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora.

A fase aguda dura de três a sete dias, quando os sintomas começam a desaparecer. Mas, segundo especialistas, em cerca de 80% dos casos o paciente entra em uma fase chamada subaguda, que se caracteriza pela continuidade ou até aumento das dores articulares.

Apesar de não ter mais febre, a pessoa pode permanecer semanas com poliartralgia. Se as dores articulares durarem mais de três meses, o paciente entrou na fase crônica da doença, que pode durar por até três anos.

Exames

Existem atualmente dois exames específicos que confirmam a suspeita de chikungunya. São eles a sorologia convencional e o PCR, que identifica o material genético do vírus. Estes exames não estão disponíveis em todos os prontos-socorros do Sistema Único de Saúde (SUS) e para demais hospitais não são cobertos pelo convênio para o atendimento em Pronto Socorro, apenas sob internação do paciente ou particular.

Fonte: G1

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