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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Cena Inusitada: Morador se muda e leva residência em caminhão no Norte do País



Quem nunca sofreu para fazer uma mudança? Carrega sofá, caixas, camas, eletrodomésticos, depois colocar tudo na casa nova. Por isso que na cidade de Boca do Acre, município com pouco mais de 30 mil habitantes, no Amazonas, não é raro ver caminhões de mudança transportando casas inteiras para os moradores. A informação é do Uol.

No último domingo (17), por exemplo, um morador de Boca do Acre contratou um caminhão e transportou a casa de madeira inteira até o novo terreno que adquiriu. A cena foi flagrada e registrada por Stênio Carvalho, do jornal “A Tribuna”, de Rio Branco (AC), que passava pelo local. As imagens viralizaram nas redes sociais.

“Essa prática aqui é rotineira”, conta Jorbison Rodrigues, 35 anos, morador de Boca do Acre e que já trabalhou na Secretaria de Cultura e Turismo da cidade. Atualmente, Jorbison é locutor e apresentador de uma rádio local.

“A casa de madeira transportada por caminhão fica bem mais barato, em vez de desmanchar e construir novamente. O valor do frete fica em torno de R$ 500 a R$ 1.000, incluindo a mão de obra do carpinteiro que retira a casa do local, centraliza no caminhão e leva até a base de destino”, continuou Jorbison.

Solução após enchente

Segundo o radialista, a prática iniciou em 1997, depois que uma grande enchente deixou o município – localizado às margens dos rios Acre e Parus – praticamente submerso.

“A maioria das casas aqui são de madeiras. Após a grande enchente de 97, os moradores passaram a construir as casas mais elevadas, altas, justamente por contas das cheias. Quando o rio transborda na cidade, os moradores preferem ficar em suas casas”, relata o radialista.

A última enchente atingiu a cidade em março de 2015 e fez com que estado de calamidade pública fosse decretado. Cerca de 70% da população de Boca do Acre mora na parte mais baixa da cidade, que fica suscetível às cheias.

Casa de separação

O jornalista Stênio Carvalho, autor das fotos, ainda relatou que os moradores da cidade contaram outra versão curiosa envolvendo a prática. “Alguns, de zoação, chamam estas casas de ‘casa de separação’. Aí, quando vai separar, o marido pode ficar com o terreno e a mulher leva a casa”, conta Stênio.

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