![]() |
| Foto: Fabiane de Paula. |
O tarifaço aplicado pelo governo dos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros, incluindo o setor de frutas, teve impacto limitado aqui no Ceará, destacou Luiz Roberto Barcelos, sócio-fundador da Agrícola Famosa.
Conforme o líder da empresa, apesar do volume ligeiramente abaixo de anos anteriores, o faturamento foi maior.
Durante a segunda edição do "Cresce Ceará", evento do Diário do Nordeste sobre economia que ocorreu nesta quarta-feira (3), o empresário explicou que algumas frutas já eram sujeitas à elevada taxação antes mesmo do tarifaço. No entanto, o mercado cearense não vem sofrendo efeitos severos, uma vez que apenas cerca de 3% das exportações de frutas brasileiras vão para os EUA.
Segundo Barcelos, a maior preocupação era a manga, que tem 30% de toda a produção destinada ao mercado norte-americano.
“Mas ainda vemos com preocupação [as tarifas] porque nem o melão, nem a melancia foram liberados do tarifaço, mas a fruta que estava mais exposta a um problema era a manga. É uma fruta que 30% vão para os EUA, e pegou exatamente a janela de exportação com a tarifa de 50%”, explicou.
Faturamento aumenta mesmo com tarifaço
Apesar do cenário instável das exportações em todo o Brasil, o líder da Agrícola Famosa afirmou que o produto “rodou bem”, o que representou bons rendimentos ao negócio.
“As exportações foram normais, um pouco abaixo do que os outros anos, mas em termos de faturamento foi até maior. Algumas frutas, prevalecendo a melancia, o melão e a uva, estamos trabalhando para tirar a sobretaxa. No resto, a Europa continua bem, os volumes continuam firmes”, destacou Luiz Roberto.
Ainda sobre o foco no mercado internacional, o empresário disse estar otimista após reunião da Abrafrutas com o vice-presidente Geraldo Alckmin, em Brasília. Segundo ele, a expectativa é de que será assinado, ainda neste mês, o maior acordo do livre-comércio do mundo, que deve englobar em torno de 750 milhões de pessoas.
“Esperamos abrir novos mercados no futuro próximo, como a China, que já está aberta, mas começar a exportar para lá. Malásia foi aberta recentemente. Começar a explorar um pouquinho mais para o Sudoeste Asiático, que tem uma população de poder aquisitivo alto e tem uma cultura de consumo de fruta muito grande, não só o melão da Famosa, mas também toda a fruta brasileira fresca”, detalhou Barcelos.
Com informações do Diário do Nordeste.

Nenhum comentário:
Postar um comentário