Com dez homicídios em oito bairros, o mês de setembro teve dois assassinatos a mais que agosto ou 25% de acréscimo. Já na comparação com setembro de 2023 foram cinco a mais, pois, naquele período do ano passado, tivemos cinco ou acréscimo de 100%. Assim, são quatro homicídios em janeiro, seis em fevereiro, 18 em março, nove em abril, oito em maio, cinco em junho, sete em julho, oito em agosto e 10 no mês passado.
Segundo levantamento feito pelo Site Miséria, em setembro os bairros onde houve o registro de homicídios foram Santa Tereza e Aeroporto (02 ou participação de 20% cada), Pio XII, Salesianos, Triângulo, Tiradentes, São José e Timbaúbas com um cada. Já no acumulado do ano, o bairro João Cabral segue como o mais violento com 12 homicídios de um total de 75 ou 16% da matança em Juazeiro.
O mês de setembro fez o ano ficar ainda mais violento. Em 2023, eram 60 homicídios contra 75 este ano ou 15 a mais representando um acréscimo de 25% na violência. Eis a relação dos homicídios registrados no decorrer do mês passado em Juazeiro:
Dia 01 – Werbert David Fernandes dos Santos, de 23 anos, o “Colombiano” que residia na Rua Teodomiro Rocha perto do cruzamento com a Avenida José Bezerra (Pio XII) e era tatuador, foi morto a tiros. Ele ainda foi socorrido ao HRC, mas já chegou sem vida após ser alvejado por dois homens numa moto que chegaram em sua casa e balearam ainda uma adolescente. O mesmo respondia vários procedimentos por assaltos a mão armada, crime de trânsito e corrupção de menor.
Dia 09 – José Fabrício Rodrigues de Souza, de 21 anos, que residia na Rua São Damião (Santa Tereza), foi morto a tiros perto de casa. Ele respondia por tráfico de drogas, receptação, porte e posse de arma de fogo, homicídio e já tinha sido baleado em outubro de 2019. No dia 23 de setembro de 2021, junto com um comparsa, matou a tiros o carroceiro Luciano Cordeiro de Souza, de 21 anos, o “Loló” no bairro Santa Tereza.
Dia 14 – Sidney Oliveira da Silva, de 30, que residia na Rua Engenheira Andreia Araújo de Sousa (Aeroporto), morreu num confronto com a polícia juntamente com Francisco Gomes Mota, de 35 anos, o “Chiquinho”. A troca de tiros aconteceu na Rua Expedito Freitas Rocha na Vila São Francisco (Aeroporto) quando a polícia averiguava venda de drogas e disparos na via pública. Sidney respondia por portes de arma de fogo.
Dia 14 – Francisco Gomes Mota, de 35 anos, o “Chiquinho”, que residia em Independência, foi o outro que morreu no confronto com a PM na Rua Expedito Freitas Rocha na Vila São Francisco (Aeroporto). Este respondia por crimes de trânsito, arrombamento e tentativa de homicídio. No local os PMs apreenderam pistola .40, espingarda calibre 12, drogas, balança de precisão e dinheiro.
Dia 15 – Maurício Mikael Santos Matias, de 25 anos, que residia na Rua Apolo XI (Salesianos) e era carroceiro, foi morto a tiros na Rua Professora Maria Pedrina perto da TV Verde Vale naquele bairro. Ele não respondia procedimentos criminais.
Dia 17 – Charles Antonio Alves Silva, de 47 anos, que residia na Rua São Damião (Santa Tereza) e era segurança, foi morto a tiros no cruzamento daquela via com a Rua José Marrocos. Ele respondia procedimentos por homicídio, tráfico de drogas, porte e posse de arma de fogo, corrupção de menor, receptação e já tinha sido vítima de atentados à bala. A polícia prendeu Paulo Henrique da Silva Nascimento, o “Truta”, como acusado e motivado por vingança.
Dia 17 – José Ailton Figueiredo Nascimento, de 44 anos, que residia na Rua Professora Francisca Leila Boaventura (Triângulo) e era servente de pedreiro morreu no HRC. Duas semanas antes, sofreu paulada na cabeça perto de casa e não buscou atendimento. Depois, passou mal, foi socorrido e morreu. Ele respondia por ameaça.
Dia 24 – Tancredo Rafael Unias Gomes, de 39 anos, que residia na Rua Sebastião Mariano (Tiradentes), onde tinha a Mercearia Melo, foi morto a tiros dentro do comércio por dois homens numa moto que se passavam por clientes. Ele respondia procedimento por crime de tráfico de drogas e posse de armas de fogo.
Dia 24 – Evaristo Silva de Assis, de 63 anos, o Baíca, que residia na Rua Antonio Tavares Pereira (São José) e era caminhoneiro, foi morto a tiros dentro do caminhão perto de um posto na Rua Luiz Pereira e Silva naquele bairro por homens que fugiram num carro. Ele já tinha sido vítima de atentado à bala, dia 12 de outubro de 2016, no Bar do Bicudo na Rua Moésio Sousa que teve como autor Ayslan Pires da Silva.
Dia 30 – João Pedro Sousa de Oliveira, de 23 anos, que residia na Rua São Benedito (Franciscanos) e trabalhava como atendente no vapt-vupt, morreu no HRC. Momentos antes ele foi baleado por dois homens numa moto quando deixava um amigo na sua Honda Biz na Rua Domingos Sávio (Timbaúbas). O mesmo tinha acabado de discutir com um jovem durante partida de futebol no Campo Society Lauro Carneiro no bairro Campo Alegre.
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