Setores de Inteligência estão em alerta máximo nas unidades do Sistema Penitenciário.
Quinze criminosos cearenses, pertencentes à organização criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), estão entre os 28 detentos que retornaram para presídios cearenses após terem passado uma temporada de isolamento em penitenciárias federais de segurança máxima em outros estados como o Rio Grande do Norte, São Paulo, Paraná e o Mato Grosso do Sul. O retorno deles alertou os setores de Inteligência da Segurança Pública para planos de resgate que estariam sendo montados pela facção.
Além dos 15 bandidos do PCC, também voltaram ao Ceará outros 13 criminosos chefes ou membros de facções locais. São seis da Guardiões do Estado (GDE), seis do “braço” cearense do Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro; e um pertencente à facção Família do Norte, grupo criminoso originário do Pará (PA).
O retorno dos criminosos aconteceu com o esgotamento do prazo estabelecido pela Justiça e pelo Conselho Penitenciário Nacional para o cumprimento do isolamento através do regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que tem como objetivo anular a liderança dos delinqüentes nos seus estados.
De acordo com dados das secretarias da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e da Administração Penitenciária (SAP), a maioria dos criminosos que retornaram ao Ceará lideraram a temporada de atentados criminosos ocorridos em janeiro do ano passado no Ceará, com ataques a tiros e incêndios em coletivos, delegacias de Polícia, quartéis, prédios públicos, pontes, viadutos, torres de energia elétrica e até concessionárias de veículos.
Fugas e resgates
Para impedir que novos ataques aconteçam e que os presídios venham a sofrer fugas e resgates, os setores de Inteligência estão se movimentando no acompanhamento diário dos 28 líderes de facções dentro dos presídios que fazem parte dos Complexos Penitenciários da Região Metropolitana de Fortaleza, situados nos Municípios de Aquiraz, Itaitinga e Pacatuba.
Na lista dos 28 criminosos que estão de volta ao Ceará após terem cumprido isolamento em regime disciplinar estão criminosos condenados a muitos anos de cadeia ou que ainda aguardam julgamento por participação em chacinas, mortes de agentes da Segurança Pública e do próprio Sistema Penitenciário, seqüestros, narcotráfico e atentados à sociedade.
(Fernando Ribeiro)
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