O presidente Jair Bolsonaro atendeu a solicitação do governador Camilo Santana e determinou, nesta quinta-feira (20), o emprego das Forças Armadas para Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Ceará. Com isto, o Exército Brasileiro atuará nas ruas do Estado em apoio às forças de segurança. A medida é tomada diante da crise deflagrada com o movimento de policiais militares.
Com a medida, a Segurança do Estado fica, por ora, sob responsabilidade do general Cunha Mattos, comandante da 10ª Região Militar. O militar já atuou como chefe da Assessoria Especial de Planejamento do Ministério da Defesa, em Brasília. No exterior, já exerceu papel de observador militar das Nações Unidas em Uganda-Ruanda, chefe de Comunicação Social e Assuntos Civis do Batalhão Haiti, no IV Contingente. Foi promovido ao posto atual em julho de 2016.
Durante os protestos da categoria, o senador licenciado Cid Gomes foi baleado ao tentar entrar com uma retroescavadeira em um quartel militar de Sobral, Região Norte. "Todo o esforço será feito para garantir a proteção dos nossos irmãos e irmãs cearenses. Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro pelo apoio do Governo Federal neste momento", escreveu Camilo, em rede social.
O uso da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) é autorizado apenas pelo presidente da República e acontece em caso de grave perturbação da ordem. A medida garante ao Exército, o poder de atuação provisória de polícia, até que a situação seja controlada.
300 PMs SERÃO INVESTIGADOS
O balanço da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), divulgado na tarde desta quinta-feira (20), aponta que cerca de 300 policiais militares são investigados pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD) por participação nas manifestações registradas no Ceará. Até o momento, quatro policiais militares estão presos e irão responder por atos criminosos. Na madrugada desta quinta-feira (20), um PM foi preso após atear fogo em um veículo particular.
AUDIÊNCIA
Após audiência de custódia realizada nesta quinta (20), o Poder Judiciário do Estado do Ceará manteve as prisões dos três policiais militares que foram detidos,na terça passada (18). Os soldados Jardeson Feitosa Tabusa,Francier Sampaio de Freitas e José Carlos Soares de Morais foram presos em flagrante por equipes do Comando de Policiamento de Choque (CPChoque) após secarem os pneus de uma viatura da PMCE. Os militares estavam armados com armas da Corporação. Eles foram autuados no artigo 149, parágrafo único, do Código Penal Militar (CPM), com pena prevista de 8 a 20 anos, além de ser passível de demissão. Outros crimes que tenham envolvimento de militares como autores ou partícipes estão em apuração neste momento.
Com informações Cnews
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