Estudo apontou relação entre vírus detectado nos animais e a nova versão que está contaminando humanos.
Uma iguaria chinesa pode estar no centro de uma das maiores ameaças recentes à saúde mundial. Pelo menos é isso que aponta um estudo publicado na terça-feira (21), pela revista Science China Life Sciences, patrocinado pela Academia Chinesa de Ciências de Pequim, que analisou a relação entre a nova versão do coronavírus e outros vírus. Segundo o estudo, o coronavírus teria relação estreita com uma versão do vírus existente em morcegos.
– O fato de os morcegos serem os hospedeiros nativos do Wuhan CoV (coronavírus) seria um raciocínio lógico e conveniente, embora ainda seja provável que haja hospedeiros intermediários na rede de transmissão de morcegos aos seres humanos – disse o estudo.
A revista apontou que a pesquisa fez a comparação do genoma de cinco amostras do novo vírus com 217 vírus parecidos, retirados de várias espécies. O resultado obtido foi que o novo coronavírus, identificado como 2019-nCoV, é semelhante ao vírus encontrado em morcegos. Embora exista a suspeita, ainda não há confirmação de como o vírus se espalhou.
O que se sabe é que o coronavírus é transmitido de animais para humanos e, posteriormente, de pessoa para pessoa. Um estudo anterior, de 2017, publicado no China Science Bulletin, já apontava que os morcegos estavam relacionados a um número crescente de vírus que poderiam se espalhar para os humanos.
– Os coronavírus são um dos vírus mais comuns descobertos em morcegos, que foram considerados a fonte natural de coronavírus recentes suscetíveis a humanos, como SARS-CoV e MERS-CoV – apontou o estudo, na época.
(P.News)
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