A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disse que nunca houve qualquer pedido para o registro da fosfoetanolamina, comumente conhecida como “pílula do câncer”, seja como medicamento ou ainda suplemento alimentar.
O órgão regulamenta o setor de medicamentos no País e reagiu após um pedido do Ministério Público Federal, que foi protocolado em Uberlândia (MG), no último dia 13. o MPF havia pedido a liberação e comercialização da fosfoetanolamina como suplemento alimentar.
A Anvisa alertou, entretanto, que mesmo que a fosfoetanolamina seja aprovada como suplemento alimentar, nenhuma empresa poderá fazer propaganda sobre seus eventuais efeitos terapêuticos. Disse ainda que só é possível liberar qualquer produto para registro após uma garantia de boas práticas da indústria.
O órgão afirmou também que “não está proibindo empresas de produzir ou comercializar produtos à base de fosfoetanolamina, mas que exige apenas das empresas interessadas que cumpram os trâmites legais para a regularização da substância como alimento ou mesmo como medicamento”.
A fosfoetanolamina ficou conhecida como “pílula do câncer”, mas os supostos efeitos anticancerígenos não foram comprovados em testes realizados.
Segundo o procurador que protocolou a ação com o pedido de comercialização da fosfoetanolamina, Cléber Eustáquio, em entrevista ao G1, ficou comprovado que a substância é segura e atóxica e não apresenta efeitos colaterais. Desta forma, ela poderia ser comercializada como suplemento alimentar.
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