O estresse a que são submetidos os profissionais de Segurança Pública é sempre uma preocupação. É cada vez mais comum, policiais serem afastados da função por causa de problemas psicológicos. A atividade é considerada uma das mais estressantes. E os pedidos de licença aumentam ano após ano. Entre 2011 e 2016, 23.626 policiais ou bombeiros militares pediram licença para fazer algum tipo de tratamento psicológico. A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social dispõe hoje de cinco psicólogos para atender a uma corporação de 23 mil policiais militares.
Um policial militar, entrevistado pelo Jornal da Cidade, tem 15 anos de corporação. Ele está longe do trabalho desde 2012, quando o quadro de estresse e convulsões fez com que ele tivesse que deixar o emprego provisoriamente. O servidor recebe acompanhamento psicológico e toma medicamento para controlar as convulsões, mas sem perspectiva de retorno às ruas.
O comando geral da corporação não fornece números atualizados de policiais militares com algum tipo de licença, mas há um estudo para a criação de um núcleo de atendimento psicológico e de assistência social, exclusivamente para o acompanhamento de PMs que estejam afastados das funções.
De acordo com a psicóloga Débora Tonet, que atende atende profissionais de segurança e atuou 20 anos na Polícia Militar do Ceará, o estresse do policial tem relação direta com o desempenho da profissão. As causas são inúmeras. "Quando o policial é afastado das funções, o tratamento vai desde a atenção psicológica e psiquiátrica até a administração de medicamentos", observou.
Esta semana, uma estudante universitária foi morta durante uma abordagem, na Cidade dos Funcionários. O secretário de Segurança Pública, André Costa, lamentou o caso e disse que os homens trabalham bastante, o que pode ocasionar algum erro. “O trabalho do policial é difícil e desafiador, com um nível de estresse muito elevado. A Polícia atua em milhares de abordagens por ano. Em algumas, pode acontecer o que aconteceu ontem”, comentou.
Fonte: Cnews
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