A cada ano, cresce no Ceará o número de mortes por arma de fogo. A entrada dessas armas no Estado é questão emblemática quando se fala dos desafios enfrentados na crise da Segurança Pública. Na tarde de ontem, um estudo inédito do Instituto Sou da Paz revelou o perfil das armas apreendidas pelas polícias nos estados da região Nordeste. De acordo com o levantamento, no Ceará, 80,8% do armamento são de nacionalidade brasileira. A informação é do Diário do Nordeste.
A pesquisa feita com base em dados concedidos pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE) mostra que a maioria das armas apreendidas nos crimes são de cano curto, como revólveres e pistolas, e de calibre do tipo permitido.
De janeiro de 2016 a junho de 2017, período que contempla 18 meses corridos, foram apreendidas no Ceará 7.752 armas. Destas, 6.265 fabricadas dentro do Brasil. Das importadas, há outras nacionalidades específicas: EUA, Itália, Áustria e Argentina.
Segundo o diretor-executivo do Instituto Sou da Paz, Ivan Marques, os números desmentem a tese que as armas utilizadas em crimes seriam majoritariamente frutos do tráfico internacional. Para Marques, "na verdade, o mercado legal, ao sofrer desvios, contribui para abastecer o mercado ilegal".
O relatório também mostra que, em 18 meses, das armas apreendidas dentro do Estado, 44% eram registradas no Ceará e 11% nos estados que compartilham divisas (Rio Grande do Norte, Piauí, Pernambuco e Paraíba). O restante da porcentagem tem registro de rotas mais longas de trânsito, mostrando que para chegar até aqui, percorrem milhares de quilômetros.
"É crucial que os estados e o governo federal cooperem entre si na troca de informações e invistam na análise constante da origem das armas apreendidas para que seus padrões possam ser rapidamente identificados e as fontes de fornecimento de armas para o crime possam ser reprimidas", disse o diretor-executivo do Instituto.
Em circulação
A análise também contemplou quais eram as marcas e os modelos de cada armamento retirados de circulação. Com isso, conforme tabelas divulgadas pelo Instituto sou da Paz, foi possível perceber que 53% das armas em questão foram fabricadas antes dos anos 2000. Exatamente 35,9% delas são de fabricação de 1990 a 1999. O indicativo presumiu que há no Estado muitas armas antigas ainda em circulação, se fazendo importantes mais políticas responsáveis pelo controle deste uso.
Sobre os números dos outros estados do Nordeste, a coordenadora de projetos do Sou da Paz, Natália Pollachi, destacou que não há possibilidade de comparação, já que os levantamentos foram disponibilizados de formas diferentes por cada governo. "Alguns estados só mandaram os dados da Capital e Região Metropolitana. O Ceará mostrou que é possível levantar todos os dados. Ao todo, conseguimos fazer esse relatório no prazo de dois a três meses", reiterou Natália Pollachi.
A pesquisa feita com base em dados concedidos pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE) mostra que a maioria das armas apreendidas nos crimes são de cano curto, como revólveres e pistolas, e de calibre do tipo permitido.
De janeiro de 2016 a junho de 2017, período que contempla 18 meses corridos, foram apreendidas no Ceará 7.752 armas. Destas, 6.265 fabricadas dentro do Brasil. Das importadas, há outras nacionalidades específicas: EUA, Itália, Áustria e Argentina.
Segundo o diretor-executivo do Instituto Sou da Paz, Ivan Marques, os números desmentem a tese que as armas utilizadas em crimes seriam majoritariamente frutos do tráfico internacional. Para Marques, "na verdade, o mercado legal, ao sofrer desvios, contribui para abastecer o mercado ilegal".
O relatório também mostra que, em 18 meses, das armas apreendidas dentro do Estado, 44% eram registradas no Ceará e 11% nos estados que compartilham divisas (Rio Grande do Norte, Piauí, Pernambuco e Paraíba). O restante da porcentagem tem registro de rotas mais longas de trânsito, mostrando que para chegar até aqui, percorrem milhares de quilômetros.
"É crucial que os estados e o governo federal cooperem entre si na troca de informações e invistam na análise constante da origem das armas apreendidas para que seus padrões possam ser rapidamente identificados e as fontes de fornecimento de armas para o crime possam ser reprimidas", disse o diretor-executivo do Instituto.
Em circulação
A análise também contemplou quais eram as marcas e os modelos de cada armamento retirados de circulação. Com isso, conforme tabelas divulgadas pelo Instituto sou da Paz, foi possível perceber que 53% das armas em questão foram fabricadas antes dos anos 2000. Exatamente 35,9% delas são de fabricação de 1990 a 1999. O indicativo presumiu que há no Estado muitas armas antigas ainda em circulação, se fazendo importantes mais políticas responsáveis pelo controle deste uso.
Sobre os números dos outros estados do Nordeste, a coordenadora de projetos do Sou da Paz, Natália Pollachi, destacou que não há possibilidade de comparação, já que os levantamentos foram disponibilizados de formas diferentes por cada governo. "Alguns estados só mandaram os dados da Capital e Região Metropolitana. O Ceará mostrou que é possível levantar todos os dados. Ao todo, conseguimos fazer esse relatório no prazo de dois a três meses", reiterou Natália Pollachi.
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