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segunda-feira, 7 de agosto de 2017
O impacto eleitoral em 2018 após a Câmara dos Deputados salvar Temer
Após barrar denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção passiva, a Câmara deve chegar em 2018 com um desgaste nunca visto antes. A avaliação é de especialistas ouvidos pelo O POVO. Os pesquisadores dizem que a imagem negativa natural do Congresso Nacional, intensificada com as investigações da Operação Lava Jato e pelo apoio a Michel Temer - envolvido em investigações de corrupção e extremamente impopular -, pode causar um fenômeno inédito: o percentual alto de renovação ou a forte abstenção. Os cidadãos O professor Paulo Baía, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lembra que 81% da população brasileira, segundo o Ibope, queria a aceitação da denúncia de Rodrigo Janot contra o presidente. Como a abertura do processo foi negada por aliados de Temer, há o sério “risco de que poderemos ter em 2018 uma grande quantidade de votos brancos, nulos e abstenção” , já que há uma “demonização” da política com o “sentimento da população de rejeição aos partidos e à classe política”. Na sessão da última quarta-feira, 263 deputados votaram a favor do parecer do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que recomendava a rejeição da denúncia da Procuradoria Geral da República por crime de corrupção passiva contra Michel Temer. Outros 227 foram contra o arquivamento da denúncia. Houve ainda duas abstenções e 19 ausências. Para a pesquisadora Dulce Pandolfi, da Fundação Getúlio Vargas, há desconexão entre interesses da classe política e da sociedade. Esse desencontro intensifica o desgaste e pode provocar ineditismos. “Pode acontecer uma abstenção enorme pelo descrédito que a população tem com a política ou uma renovação já que a crise é muito grande. A situação do País é muito dramática”, diz. Ela argumenta que a demonização da política “só faz a população ter descrédito maior ainda e fuja da política, o que é ruim”. O POVO Online
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