Delegado
Jaime Paula Pessoa Linhares, titular da DDF, informou, ontem, ter
instaurado inquérito para apurar a denúncia de estelionato (Foto: Kiko
Silva)
Em Fortaleza, a Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) instaurou inquérito policial para apurar o suposto crime de estelionato que pode resultar no indiciamento e pedido de prisão preventiva ou temporária para o principal suspeito do crime, o empresário sul-mato-grossense Fabiano Ribeiro Rodrigues, sócio-proprietário da empresa ‘Xaxá Produções e Eventos Limitada’, sediada em Campo Grande (MS).
EstelionatoUma notícia-crime foi entregue à Polícia local pelos advogados Leandro Duarte Vasques e Antônio de Holanda Neto, representantes jurídicos da FCF, relatando a ocorrência do crime de estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal Brasileiro, com pena de um a cinco anos de prisão, além do pagamento de multa. O titular da DDF, delegado Jaime Paula Pessoa Linhares, já instaurou o inquérito e, ontem, encaminhou à Polícia do Mato Grosso do Sul uma carta precatória para que o acusado seja localizado naquele Estado e preste depoimento. Segundo Linhares, na última terça-feira ele recebeu uma ligação de uma delegada daquele Estado em busca de informações sobre o caso ocorrido em Fortaleza. As duas Polícias agora atuam juntas.
Na notícia-crime endereçada à Polícia Civil do Estado, a Federação Cearense ressaltou que coube à ‘Xaxá Produções’ a iniciativa de promover a partida em Fortaleza e, por conta disso, deveria ter “arcado com todo o custeio e despesas decorrentes do evento, com a contratação de mão-de-obra necessária para a montagem, desmontagem, segurança, quadro móvel e todo o pessoal necessário para a execução do evento de futebol”.
Contudo, o empresário Fabiano Ribeiro Rodrigues, depois de ter em sua posse a renda do jogo, no valor estimado de R$ 890,8 mil, com um público de aproximadamente 22 mil pessoas, teriam ‘desaparecido’ da Arena Castelão, sem honrar os compromissos financeiros firmados nos contratos para a realização da partida, entre eles, o pagamento de 10 por cento à Arena Castelão pelo aluguel do estádio (R$ 89 mil), pagamento de ambulância, quadro móvel, destinação de cinco por cento da renda às federações cearense e paulista de futebol (R$ 44.547,50 para cada uma) e outros gastos.
“Reunidos todos os envolvidos na partida, ainda naquele mesmo dia (27 de outubro), a fim de proceder aos pagamentos devidos, o Sr. Fabiano Ribeiro Rodrigues, provavelmente percebendo que não alcançaria o lucro que planejara, após pagar parcialmente algumas despesas que a ele cabia, disse que iria ao banheiro e simplesmente desapareceu”, narra a notícia do crime entregue à DDF. No documento, a defesa do órgão ressalta que foi cometido o crime de estelionato qualificado.
A Reportagem tentou contato com a produtora, por telefone, mas não foi atendida.
Fonte: Diário do Nordeste
Congresso anula sessão que afastou João Goulart e iniciou o Golpe de 64
O Congresso Nacional aprovou na madrugada desta
quinta-feira (21) o projeto de resolução (PRN 4/13) dos senadores Pedro
Simon (PMDB-RS) e Randolfe Rodrigues (Psol-AP), que anula a sessão do
Congresso de 2 de abril de 1964 que declarou vaga a Presidência da
República no mandato do presidente João Goulart.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, avaliou que a votação é a “oportunidade histórica de reparar uma mancha na História do País”. Ele ressaltou que a sessão foi acompanhada pelo filho de João Goulart, João Vicente Goulart.
Os dois autores da proposição ressaltaram a ilegalidade em que a sessão se baseou: declarou a presidência vaga mesmo depois que João Goulart enviou ao Congresso um documento dizendo que estava no País e no exercício do cargo.
“João Goulart estava no comando de suas atribuições e em pleno território nacional e, por isso, o presidente do Congresso não poderia ter convocado arbitrariamente a sessão e muito menos ter declarado vaga a presidência”, disse Randolfe Rodrigues.
Para Pedro Simon, a votação vai permitir uma nova interpretação da História. “Não vamos reconstituir os fatos. A história apenas vai dizer que, naquele dia, o presidente do Congresso usurpou de maneira estúpida e ridícula a vontade popular depondo o presidente da República”, disse.
Evitar repetição do erroO relator do projeto, deputado Domingos Sávio (PMDB-MG), disse que ao anular a sessão que cassou o mandato de Jango, o Congresso pode impedir que a mesma situação ocorra novamente. “É triste, mas é necessário resgatar essa noite para que não se repitam mais coisas dessa natureza. Essa desastrada decisão é uma das muitas razões para tudo o que padeceram aqueles que viveram esse período sombrio da nossa História”, argumentou.
Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), o Congresso demonstrou para a História que o golpe que iniciou o regime militar foi baseado em falsidade. Para o senador Randolfe Rodrigues a proposta retirou o "ar de legalidade" do golpe de 1964.
Voz dissonanteO deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi a voz dissonante na votação do projeto. Para ele, o projeto quer “tocar fogo” no Diário do Congresso Nacional. “Querem apagar um fato histórico de modo infantil. Isso é mais do que Stalinismo, quando se apagavam fotografias, querem apagar o Diário do Congresso”, disse.
Bolsonaro citou vários artigos de jornal segundo os quais políticos e segmentos da sociedade foram favoráveis ao golpe. “A ABI [Associação Brasileira de Imprensa] e OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] aprovaram o movimento. Toda a igreja católica, governadores, empresários e produtores rurais foram na mesma linha. Tiremos o peso dos militares, salvamos o País de um regime ditatorial”, disse.
O deputado Vieira da Cunha (PDT-RS) rebateu as críticas. “Quem quer apagar a historia com seu pronunciamento é colega Jair Bolsonaro, que hoje se superou da tribuna”, criticou.
Já o deputado Ronaldo Benedet (PMDB-SC) disse que é uma vitória da democracia o fato de o colega poder se manifestar contra uma proposta com ampla maioria. “Como é bela a democracia que conquistamos. Tão valiosa que até quem defende a ditadura e quer justificar a ditadura pode vir fazê-lo”, disse.
Os restos mortais de Jango, exumados na quarta-feira da semana passada (13), chegaram no dia seguinte a Brasília com honras de Estado. Eles passarão por exames no Instituto de Criminalística. Os testes foram solicitados pela família à Comissão da Verdade após declarações de um ex-agente da repressão da ditadura uruguaia, segundo o qual Jango teria sido envenenado.
Fonte: Agência Câmara
O presidente do Senado, Renan Calheiros, avaliou que a votação é a “oportunidade histórica de reparar uma mancha na História do País”. Ele ressaltou que a sessão foi acompanhada pelo filho de João Goulart, João Vicente Goulart.
Os dois autores da proposição ressaltaram a ilegalidade em que a sessão se baseou: declarou a presidência vaga mesmo depois que João Goulart enviou ao Congresso um documento dizendo que estava no País e no exercício do cargo.
“João Goulart estava no comando de suas atribuições e em pleno território nacional e, por isso, o presidente do Congresso não poderia ter convocado arbitrariamente a sessão e muito menos ter declarado vaga a presidência”, disse Randolfe Rodrigues.
Para Pedro Simon, a votação vai permitir uma nova interpretação da História. “Não vamos reconstituir os fatos. A história apenas vai dizer que, naquele dia, o presidente do Congresso usurpou de maneira estúpida e ridícula a vontade popular depondo o presidente da República”, disse.
Evitar repetição do erroO relator do projeto, deputado Domingos Sávio (PMDB-MG), disse que ao anular a sessão que cassou o mandato de Jango, o Congresso pode impedir que a mesma situação ocorra novamente. “É triste, mas é necessário resgatar essa noite para que não se repitam mais coisas dessa natureza. Essa desastrada decisão é uma das muitas razões para tudo o que padeceram aqueles que viveram esse período sombrio da nossa História”, argumentou.
Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), o Congresso demonstrou para a História que o golpe que iniciou o regime militar foi baseado em falsidade. Para o senador Randolfe Rodrigues a proposta retirou o "ar de legalidade" do golpe de 1964.
Voz dissonanteO deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi a voz dissonante na votação do projeto. Para ele, o projeto quer “tocar fogo” no Diário do Congresso Nacional. “Querem apagar um fato histórico de modo infantil. Isso é mais do que Stalinismo, quando se apagavam fotografias, querem apagar o Diário do Congresso”, disse.
Bolsonaro citou vários artigos de jornal segundo os quais políticos e segmentos da sociedade foram favoráveis ao golpe. “A ABI [Associação Brasileira de Imprensa] e OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] aprovaram o movimento. Toda a igreja católica, governadores, empresários e produtores rurais foram na mesma linha. Tiremos o peso dos militares, salvamos o País de um regime ditatorial”, disse.
O deputado Vieira da Cunha (PDT-RS) rebateu as críticas. “Quem quer apagar a historia com seu pronunciamento é colega Jair Bolsonaro, que hoje se superou da tribuna”, criticou.
Já o deputado Ronaldo Benedet (PMDB-SC) disse que é uma vitória da democracia o fato de o colega poder se manifestar contra uma proposta com ampla maioria. “Como é bela a democracia que conquistamos. Tão valiosa que até quem defende a ditadura e quer justificar a ditadura pode vir fazê-lo”, disse.
Os restos mortais de Jango, exumados na quarta-feira da semana passada (13), chegaram no dia seguinte a Brasília com honras de Estado. Eles passarão por exames no Instituto de Criminalística. Os testes foram solicitados pela família à Comissão da Verdade após declarações de um ex-agente da repressão da ditadura uruguaia, segundo o qual Jango teria sido envenenado.
Fonte: Agência Câmara
Na carona do mensalão, Barbosa ´vira´ personagem de Assassin´s Creed
A subsidiária brasileira da produtora de games
francesa Ubisoft publicou em sua página no Facebook uma montagem que
coloca o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro
Joaquim Barbosa, no papel de um membro da irmandade de assassinos da
franquia Assassin’s Creed.
A imagem foi publicada na noite de ontem. Nela, Barbosa aparece com uma vestimenta semelhante a dos personagens do game e com uma bandeira do Brasil ao fundo.
Além da imagem, a produtora publicou também uma mensagem, que diz: “’Eles (os poderosos) precisam de vocês, o povo. Não podem continuar sem vocês. Basta mostrar que não se acovardarão ou não serão manipulados pela força e eles terão de implorar pela sua ajuda’ Assassin´s Creed: A Irmandade (Oliver Bowden, 2010).”
Até as 21h10 desta quarta-feira, a mensagem havia sido curtida por 13.821 pessoas. Alguns seguidores da página da produtora elogiaram a medida. O usuário Alan Henrique Fernandes parabenizou a “Ubisoft, pela bela homenagem”.
Outros diversos seguidores criticaram a atitude da empresa. Fernando Bretas Vieira Porto disse que não “esperava esta postura da Ubisoft”. “Por se tratar de uma empresa privada com diversos e diferentes fieis seguidores acho a postura da respeitada empresa um tanto temerosa! No judiciário a qualquer tempo da humanidade e localidade não é dado a atividades de justiceiros! Adoro o jogo, mas colocar a figura de um ministro que divide opiniões nos trajes do louvável personagem é um tanto equivocada!”
Fonte: Terra
A imagem foi publicada na noite de ontem. Nela, Barbosa aparece com uma vestimenta semelhante a dos personagens do game e com uma bandeira do Brasil ao fundo.
Além da imagem, a produtora publicou também uma mensagem, que diz: “’Eles (os poderosos) precisam de vocês, o povo. Não podem continuar sem vocês. Basta mostrar que não se acovardarão ou não serão manipulados pela força e eles terão de implorar pela sua ajuda’ Assassin´s Creed: A Irmandade (Oliver Bowden, 2010).”
Até as 21h10 desta quarta-feira, a mensagem havia sido curtida por 13.821 pessoas. Alguns seguidores da página da produtora elogiaram a medida. O usuário Alan Henrique Fernandes parabenizou a “Ubisoft, pela bela homenagem”.
Outros diversos seguidores criticaram a atitude da empresa. Fernando Bretas Vieira Porto disse que não “esperava esta postura da Ubisoft”. “Por se tratar de uma empresa privada com diversos e diferentes fieis seguidores acho a postura da respeitada empresa um tanto temerosa! No judiciário a qualquer tempo da humanidade e localidade não é dado a atividades de justiceiros! Adoro o jogo, mas colocar a figura de um ministro que divide opiniões nos trajes do louvável personagem é um tanto equivocada!”
Fonte: Terra
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