“Vamos fazer amor?”, perguntava insistentemente a jovem de
apenas 18 anos, enquanto induzia os homens a consumir bebidas e comidas.
A cena se repetia em outras mesas, em outros bares e em vários cantos
da cidade, onde profissionais do sexo seduzem seus clientes a gastar.
Foi assim que a reportagem do Jornal Correio constatou a exploração da
prostituição, em João Pessoa, gerando lucro em ritmo frenético.
Apesar de se enquadrarem em diversos crimes previstos no Código Penal Brasileiro, as casas de prostituição funcionam livremente na Capital, algumas delas vizinho às sedes do poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e a poucos metros dos comandos das polícias Civil e Militar.
Como se não bastasse, algumas dessas casas estão submetendo as profissionais a trabalho em regime de escravidão e outras promovendo o tráfico interno de pessoas, crimes também descritos pelo Código Penal. Os donos ainda incorrem no crime de rufianismo, também previsto na lei, que é tirar proveito da prostituição alheia, obtendo lucro. O Ministério Público do Trabalho promete investigar as denúncias e acionar outros poderes.
O poder tolera o ‘amor vendido’
Se nas casas noturnas o crime é explicitamente ignorado pelas autoridades, nas ruas da Capital predomina a prostituição por iniciativa das próprias pessoas, embora haja denúncias de que algumas mulheres são controladas por cafetões, que ficam afastados contabilizando os programas, para recolher o apurado antes do fim da noite. Para os clientes, a atividade representa uma oferta de serviços sexuais, distribuído em áreas da cidade com variedade de preço, gênero, idade e tipos físicos. Para o procurador do Trabalho, Eduardo Varandas, a prostituição explícita em casas ou nas ruas revela a hipocrisia da sociedade e do poder público, que deixa de punir o explorador por tolerar e conviver com a idéia do ‘amor vendido’.
Andréia trabalha há três meses em uma casa de prostituição, que funciona na entrada de João Pessoa. Disse ter 18 anos, mas o recorrente convite para o amor e a boa comunicação com os supostos clientes, que investigavam a atividade para a reportagem do Correio, mostrava desenvoltura na arte de gerar lucro para quem está por trás do esquema. O programa custaria R$ 170, ficando, segundo ela, só R$ 10 para a casa. Mas, vendo que os clientes não estavam entusiasmados com a oferta, ela também oferecia um show de striptease, que sairia a R$ 50, sem informar quanto deixaria para o chefe. O fato é que, entre um convite e outro, em apenas, meia hora dentro da casa, se gasta R$ 70, somente com cervejas, graças à habilidade da jovem.
Seria um ‘amor’ de resultado para Andréia, não fosse o artigo 230 do Código Penal, que prevê pena de reclusão de um a quatro anos para quem tirar proveito da prostituição alheia. E a história de vida dela acaba revelando outro crime. Contou que começou a vender o corpo logo após completar 18 anos e que a casa em João Pessoa é a primeira em que trabalha. Natural de Recife, veio para a capital paraibana atraída pelas facilidades oferecidas pelos donos da casa.
Inicialmente Andréia negou, mas a amiga ao lado acabou deixando escapar que elas moram por conta do estabelecimento. “Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de mulher que nele venha exercer a prostituição...” é crime, segundo o artigo 231 do CPB, que prevê pena de três a oito anos de reclusão para quem atrai mulheres de outros estados para prostituição, como fizeram os atuais patrões de Andréia. O procurador Eduardo Varandas lembrou que, diferente do imaginário popular, o tráfico de pessoas não é um esquema de raptos ou sequestros. “As pessoas traficadas sabem que estão sendo, mas são seduzidas pelas facilitações oferecidas pelos aliciadores, que viabilizam todos os meios como viagem, local para morar...”, explicou.
Foi o que aconteceu com a jovem vendedora de prazer. Devidamente acomodada em João Pessoa, Andréia e as amigas viraram maquininhas de fazer dinheiro, que minam qualquer resistência dos homens em desembolsar grandes quantias em pouco tempo, dentro das casas de prostituição. Muitos acabam comprometendo o equilíbrio financeiro ao serem envolvidos pelos encantos da aventura.
“Ele vem fazer o quê no cabaré?”
O final do segundo casamento foi trágico para Valquíria, que trabalha em outra casa. Com ciúmes por saber que a mulher se tornara prostituta, o ex-marido foi até a casa noturna e atirou três vezes contra ela e, em seguida, se matou. Valquíria teve um pulmão perfurado, passou por cirurgias e sobreviveu. Mas isso não é o motivo pelo qual não quer se casar novamente. Para ela, mais grave que o atentado é o exemplo dos clientes que gastam todo o salário do mês com a prostituição, deixando a família desassistida. “Eu vejo os homens fazendo isso com as mulheres deles e imagino alguém vai fazer o mesmo comigo, se eu me casar. Por isso prefiro viver aqui”, afirmou.
Embora assuma o prazer pela vida da prostituição, Valquíria censura o comportamento dos clientes que procuram seus serviços para trair as esposas. Ela se diz decepcionada com os homens. “Aqui chega cada homem bonito, bem vestido, de carrão. A gente vê que têm boas condições financeiras, família, mulher e eu fico pensando: ele vem fazer o que aqui no ‘cabaré’? Se aquele está fazendo isso o homem que eu arrumar vai fazer do mesmo jeito comigo”, desabafou.
Fonte: Portal Correio
Apesar de se enquadrarem em diversos crimes previstos no Código Penal Brasileiro, as casas de prostituição funcionam livremente na Capital, algumas delas vizinho às sedes do poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e a poucos metros dos comandos das polícias Civil e Militar.
Como se não bastasse, algumas dessas casas estão submetendo as profissionais a trabalho em regime de escravidão e outras promovendo o tráfico interno de pessoas, crimes também descritos pelo Código Penal. Os donos ainda incorrem no crime de rufianismo, também previsto na lei, que é tirar proveito da prostituição alheia, obtendo lucro. O Ministério Público do Trabalho promete investigar as denúncias e acionar outros poderes.
O poder tolera o ‘amor vendido’
Se nas casas noturnas o crime é explicitamente ignorado pelas autoridades, nas ruas da Capital predomina a prostituição por iniciativa das próprias pessoas, embora haja denúncias de que algumas mulheres são controladas por cafetões, que ficam afastados contabilizando os programas, para recolher o apurado antes do fim da noite. Para os clientes, a atividade representa uma oferta de serviços sexuais, distribuído em áreas da cidade com variedade de preço, gênero, idade e tipos físicos. Para o procurador do Trabalho, Eduardo Varandas, a prostituição explícita em casas ou nas ruas revela a hipocrisia da sociedade e do poder público, que deixa de punir o explorador por tolerar e conviver com a idéia do ‘amor vendido’.
Andréia trabalha há três meses em uma casa de prostituição, que funciona na entrada de João Pessoa. Disse ter 18 anos, mas o recorrente convite para o amor e a boa comunicação com os supostos clientes, que investigavam a atividade para a reportagem do Correio, mostrava desenvoltura na arte de gerar lucro para quem está por trás do esquema. O programa custaria R$ 170, ficando, segundo ela, só R$ 10 para a casa. Mas, vendo que os clientes não estavam entusiasmados com a oferta, ela também oferecia um show de striptease, que sairia a R$ 50, sem informar quanto deixaria para o chefe. O fato é que, entre um convite e outro, em apenas, meia hora dentro da casa, se gasta R$ 70, somente com cervejas, graças à habilidade da jovem.
Seria um ‘amor’ de resultado para Andréia, não fosse o artigo 230 do Código Penal, que prevê pena de reclusão de um a quatro anos para quem tirar proveito da prostituição alheia. E a história de vida dela acaba revelando outro crime. Contou que começou a vender o corpo logo após completar 18 anos e que a casa em João Pessoa é a primeira em que trabalha. Natural de Recife, veio para a capital paraibana atraída pelas facilidades oferecidas pelos donos da casa.
Inicialmente Andréia negou, mas a amiga ao lado acabou deixando escapar que elas moram por conta do estabelecimento. “Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de mulher que nele venha exercer a prostituição...” é crime, segundo o artigo 231 do CPB, que prevê pena de três a oito anos de reclusão para quem atrai mulheres de outros estados para prostituição, como fizeram os atuais patrões de Andréia. O procurador Eduardo Varandas lembrou que, diferente do imaginário popular, o tráfico de pessoas não é um esquema de raptos ou sequestros. “As pessoas traficadas sabem que estão sendo, mas são seduzidas pelas facilitações oferecidas pelos aliciadores, que viabilizam todos os meios como viagem, local para morar...”, explicou.
Foi o que aconteceu com a jovem vendedora de prazer. Devidamente acomodada em João Pessoa, Andréia e as amigas viraram maquininhas de fazer dinheiro, que minam qualquer resistência dos homens em desembolsar grandes quantias em pouco tempo, dentro das casas de prostituição. Muitos acabam comprometendo o equilíbrio financeiro ao serem envolvidos pelos encantos da aventura.
“Ele vem fazer o quê no cabaré?”
O final do segundo casamento foi trágico para Valquíria, que trabalha em outra casa. Com ciúmes por saber que a mulher se tornara prostituta, o ex-marido foi até a casa noturna e atirou três vezes contra ela e, em seguida, se matou. Valquíria teve um pulmão perfurado, passou por cirurgias e sobreviveu. Mas isso não é o motivo pelo qual não quer se casar novamente. Para ela, mais grave que o atentado é o exemplo dos clientes que gastam todo o salário do mês com a prostituição, deixando a família desassistida. “Eu vejo os homens fazendo isso com as mulheres deles e imagino alguém vai fazer o mesmo comigo, se eu me casar. Por isso prefiro viver aqui”, afirmou.
Embora assuma o prazer pela vida da prostituição, Valquíria censura o comportamento dos clientes que procuram seus serviços para trair as esposas. Ela se diz decepcionada com os homens. “Aqui chega cada homem bonito, bem vestido, de carrão. A gente vê que têm boas condições financeiras, família, mulher e eu fico pensando: ele vem fazer o que aqui no ‘cabaré’? Se aquele está fazendo isso o homem que eu arrumar vai fazer do mesmo jeito comigo”, desabafou.
Fonte: Portal Correio
PE: mães podem perder guarda se filhos voltarem a entrar em canal poluído
Paulinho,
de nove anos, foi visto em córrego poluído pegando latinha para vender;
dinheiro era para comprar pão (Foto: Diego Nigro/JC Imagens/Estadão
Conteúdo)
As imagens ganharam destaque nos principais veículos de comunicação do País e comoveram órgãos públicos e população. Mãe de seis filhos, a doméstica Maria José Felix conta que o telefone e as visitas não cessam desde que o filho, de nove anos, foi fotografado no canal.
— Eu não sabia que ele entrava no córrego daquele jeito. Eu sabia que ele pegava material reciclável para vender e me dava o dinheiro para comprar pão.
Paulinho é o filho mais novo de Maria. As outras duas crianças que apareceram nas imagens são filhos da irmã dela, que mora em um barraco ao lado na comunidade de Saramandaia. Ela tem sete filhos. O dinheiro da reciclagem ajudava a compor a renda. Após as reportagens, as famílias foram cadastradas nos programas Bolsa Família e Bolsa Escola.
Segundo o Ministério Público do Trabalho, foi encaminhada uma lista de 13 pedidos para que a prefeitura de Recife faça ações a fim de acabar com o trabalho infantil na cidade. Entre as recomendações, a administração municipal tem 120 dias para averiguar quantas e que em condições os menores de idade estão trabalhando. A partir disso, será dado prazo de 30 dias para inseri-los em programas sociais. O MP avaliou que a prefeitura está em falha para resolver o problema.
De acordo com perfil dos catadores brasileiros elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), baseado no Censo 2010 (IBGE), 3,6% dos 20.166 pernambucanos que trabalham com reciclagem têm entre dez e 17 anos. São, oficialmente, 726 crianças e adolescentes no Estado que tiram seu sustento como catadores.
A prefeitura informou que além dos benefícios de renda, as crianças receberão apoio psicológico. O órgão disse ainda que está providenciando a limpeza do canal. O Conselho Tutelar alegou que os meninos estão expostos a doenças dentro do rio e que, por serem menores de idade, estão sob responsabilidade das mães, por isso elas devem impedir que eles entrem no canal.
Maria José se diz surpresa com toda a repercussão que a história de vida de sua família ganhou. Ela afirma que sonha em ter uma casa própria e que o filho, fotografado no córrego, sonha em ser policial.
— Enfim olharam para a gente, para nossa situação de vida. Nenhuma mãe quer ver o filho em um rio sujo pegando latinha. Mas não posso negar que o dinheiro me ajudava. Eu já falei para ele não fazer mais isso. Deus me livre perder meu filho.
Paulinho já está ciente da situação e terá que voltar para casa assim que sair da escola, e não mais ir para o canal. Maria diz que vai andando para o trabalho, cerca de 40 minutos, para economizar o dinheiro da passagem. Com os auxílios dos programas sociais e o salário, ela acredita ser possível ter esperança de sair da miséria./
Fonte: R7
Facção metralha trailer, mata policial a tiros e ainda bota fogo em ônibus
Facções criminosas tocaram o terror na noite deste sábado,
na capital maranhense. De forma conjunto criminosos estão agindo em
diversos pontos da cidade.
Na Vila Nova elementos ainda não identificados metralharam um trailer da PM e executaram o policial militar identificado como Francinaldo Sousa Pereira. Pelas informações repassadas ao blog, o militar foi alvejado com pelo menos 19 tiros de pistola 380 (9mm), os tiros foram disparados a princípio pela janela de trás do trailer, não satisfeitos, os criminosos entraram no trailer, desligaram a lâmpada e continuaram a disparar mais tiros contra o policial.
No Bairro de Fátima (BF) na região central da capital um trailer da PM também foi atacado, desta vez o militar que que seria alvo reagiu e está em estado grave no hospital Socorrão.
Fonte: saomateusemoff.com.br
Na Vila Nova elementos ainda não identificados metralharam um trailer da PM e executaram o policial militar identificado como Francinaldo Sousa Pereira. Pelas informações repassadas ao blog, o militar foi alvejado com pelo menos 19 tiros de pistola 380 (9mm), os tiros foram disparados a princípio pela janela de trás do trailer, não satisfeitos, os criminosos entraram no trailer, desligaram a lâmpada e continuaram a disparar mais tiros contra o policial.
No Bairro de Fátima (BF) na região central da capital um trailer da PM também foi atacado, desta vez o militar que que seria alvo reagiu e está em estado grave no hospital Socorrão.
Fonte: saomateusemoff.com.br
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