
Com 12 homicídios em sete bairros, o mês de setembro foi o mais violento do ano com sete a mais que agosto ou 140% de acréscimo já que foram cinco homicídios no oitavo mês do ano. Na comparação com setembro de 2024 foram dois a mais ou 20% de acréscimo, pois, naquele período, ocorreram dez assassinatos. Desta forma, são 4 homicídios em janeiro, 7 em fevereiro, 5 em março, 4 em abril, 9 em maio, mais 9 em junho, 4 em julho, 5 em agosto e 12 no mês passado.
Segundo levantamento feito por este veículo de comunicação, em setembro, os bairros onde houve homicídios foram Timbaúbas (04 ou 33% do total), João Cabral e Pirajá (02 cada) e os demais no Limoeiro, Campo Alegre, São José e Pedrinhas. No acumulado do ano, os bairros Frei Damião, João Cabral e Timbaúbas lideram como os mais violentos com oito cada dos 59 homicídios nos primeiros nove meses do ano ou, individualmente, 13,5% em relação à matança em Juazeiro.
Nos primeiros nove meses de 2024 eram 75 homicídios contra 59 este ano em Juazeiro ou 16 assassinatos a menos com decréscimo de 21% na comparação entre tais períodos. Eis a relação dos homicídios registrados no decorrer do mês passado em Juazeiro:
Dia 06 – Lucas Pereira Costa, de 30 anos, que residia na Rua São Joaquim (Salesianos), foi morto a tiros num bar na Rua José Andrade de Lavor (João Cabral). Ele era funcionário público do setor contábil da prefeitura de Juazeiro, não respondia procedimentos criminais e o crime foi praticado por dois homens que fugiram numa moto.
Dia 08 – Hytalo José Silva de Sousa, de 28 anos, que residia na Avenida José Bezerra (Timbaúbas), onde funciona academia do seu pai e trabalhava como tatuador, foi morto a tiros na rotatória no cruzamento das avenidas Castelo Branco e Antonio Pereira da Silva (Limoeiro). Ele teria discutido momentos antes com uma pessoa num posto de gasolina e já seguia para casa. O mesmo respondia apenas contravenção penal em virtude de som alto.
Dia 10 – Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx, de xx anos, teve a ossada humana encontrada num terreno baldio, em meio a um matagal na Rua José Martins Filho (Campo Alegre). No local nenhuma informação sobre pessoas desaparecidas e nenhum documento por perto que permitisse a identificação. A cabeça apresentava uma perfuração à bala o que, pelas condições, deve ter ocorrido há uma semana e com características de “desova”.
Dia 14 – Eduardo Gabriel Mariano da Silva, de 17 anos, que residia na Rua Ozana Pereira (João Cabral), morreu no HRC uma hora após confronto com militares do BEPI que tentaram prendê-lo na Rua da Paz (Pirajá). Ele saiu pulando muros e foi localizado no quintal de uma casa já na Rua Pinto Madeira quando teria apontado arma na direção dos PMs. Um deles efetuou disparo atingindo o adolescente que não resistiu.
Dia 19 – Francisco José Cândido do Nascimento, de 25 anos, que residia na Rua Ernestina Sobreira (Timbaúbas), foi raptado de sua casa por membros de organização criminosa num carro de cor escura e morto a tiros na Rua José Xavier de Oliveira (Pirajá). Ele respondia por crimes de receptação, furto, posse de munições e usava tornozeleira eletrônica.
Dia 19 – Patrícia Andrade do Nascimento, de 27 anos, que residia na Rua João Arcelino (Pio XII), foi morta a tiros na calçada do Bar da Adriana na Rua João Paulo I (Timbaúbas) por homens que chegaram num Fiat Uno vermelho e invadiram o estabelecimento atirando. Foi um caso de triplo homicídio, pois morreu ainda no bar a filha da proprietária Maria Cícera Isabel dos Santos Silva, de 15 anos, enquanto Maria Alice Andrade Vieira, de 10 anos (filha de Patrícia), faleceu no HRC. Um menor de 17 anos e filho da dona do bar saiu baleado na perna. A polícia descobriu ter sido uma ação de pistolagem e foram presos Alisson Henrique Xavier, de 20, o “CH”, o motorista por aplicativo Heberton Martins Lopes, o “Totó”, de 30 anos e dois menores de 15 anos.
Dia 19 – Maria Cícera Isabel dos Santos Silva, de 15 anos, que residia na Rua João Paulo I (Timbaúbas), morreu dentro do bar tendo sido uma das vítimas do caso anterior de triplo homicídio.
Dia 19 – Maria Alice Andrade Vieira, de 10 anos que residia na Rua João Arcelino (Pio XII) e era filha de Patrícia, foi outra vítima no triplo homicídio anterior no bairro Timbaúbas.
Dia 23 – Maria das Dores Ferreira da Silva, de 41 anos, que residia na Rua Luiz Galvão Pereira (Timbaúbas), teve o corpo encontrado dentro de casa com perfurações à faca e perto de arma branca. Vizinhos estranharam a ausência da mesma e acionaram a polícia que conseguiu entrar se deparando com o cadáver. Na noite de domingo, ela saiu com o companheiro num carro de aluguel para ir a uma festa quando discutiram. Ele voltou sozinho e Maria permaneceu um pouco mais no forró só retornando depois.
Dia 23 – José Etson Ribeiro de Souza, de 33 anos, o “Guardinha”, que residia na Rua Francisca Duarte Gouveia (São José), foi morto a tiros por dois homens que fugiram numa moto. Ele respondia por lesão corporal, tráfico de drogas, dupla tentativa de homicídio, desacato, porte e posse de arma e receptação.
Dia 27 – Francisco Marcondes de Sousa, de 50 anos, o “Carreirinha”, que residia na Rua José Sabiá (Tiradentes), foi morto a tiros na Rua Jaime Dorcy ao lado da Feirinha da Troca (João Cabral) por dois homens numa moto. Era pai dos irmãos Josias Xavier Feitosa Neto, de 24, e Ailton Xavier Feitosa, de 26 anos, que mataram o atendente do vapt-vupt João Pedro Sousa de Oliveira, de 23 anos, no dia 30 de setembro de 2024, na Rua Domingos Sávio no bairro Timbaúbas e estão foragidos.
Dia 28 – Daniel Douglas de Araújo Sousa, de 18 anos, que residia na Rua Joaquim Cruz (Pedrinhas), foi morto a tiros numa casa na Rua Expedito Freitas Rocha, naquele bairro. Contra ele existiam atos infracionais por porte de arma e tráfico de drogas. A polícia prendeu como acusados Jhonansson Carlos Santos Oliveira, de 35, e Jhonatan Soares da Silva, de 20 anos, e apreendeu dois revólveres. No dia 2 de janeiro de 2021, Jhonansson matou Cícero Pereira Lima, de 31, no Sítio Logradouro em Missão Velha
Nenhum comentário:
Postar um comentário