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| Foto Daniel Galbee |
O Ministério da Saúde (MS) descredenciou 130 drogarias do Programa Farmácia Popular do Brasil (PFPB) em 54 munícipios do Ceará, incluindo Fortaleza. As unidades não realizaram a renovação cadastral ou não apresentaram documentação exigida para permanecer no Programa. Em todo o País, foram 9.180 farmácias descredenciadas.
O Governo Federal afirma que mantém o serviço em 453 estabelecimentos no Estado, garantindo o acesso gratuito a 41 itens para a população.
O Ministério informou que o descredenciamento, publicado no Diário Oficial da União (DOE), ocorreu após a finalização do processo de renovação anual obrigatória do credenciamento, realizado em parceria com a Caixa Econômica Federal.
A medida seria um esforço da atual gestão para fortalecer o Programa, retomando ações de controle e monitoramento que haviam sido interrompidas desde 2018.
O Programa Farmácia Popular atua de forma complementar à assistência farmacêutica do Serviço Único de Saúde (SUS). A população também pode ter acesso aos medicamentos nas Unidades Básicas à Saúde (UBS), postos e assistência básica.
Na Parangaba, em Fortaleza, a aposentada Reggane Maria Ferreira Mota, 74, conta que já fez parte do Programa por seis meses, mas acabou não continuando. "Como é barato, eu estou comprando, não estou mais pedindo", relata a professora de biologia.
Reggane faz uso do remédio Losartana Potássica + Hidroclorotiazida, Puran T4 e Glifage. Os fármacos servem para hipertensão, hipotireoidismo e diabetes, respectivamente. Apesar de definir o Programa como "perfeito", se queixa das longas filas em outras comércios.
Júnior Pinheiro, 70, taxista, também faz uso de Losartana há mais de seis anos através do Programa. "Eu preciso do remédio. Tem gente que paga os impostos para ter direito", afirma. Ele indica que o filho também recebe pelo Farmácia Popular.
Geiciane Martins, 38, dona de casa, lembra que o pai falecido três meses atrás tratava diabetes e pressão alta pelo programa. "Às vezes, no postinho não tem (remédios). Quando não tinha, ele ia pegar na farmácia. Muitos remédios, saia caro", recorda.
Com informações do O Povo.

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