Com dez homicídios em sete bairros, o mês de novembro teve três assassinatos a mais que outubro ou 43% de acréscimo. Já na comparação com novembro de 2023 foram cinco a mais, pois, naquele período do ano passado, tivemos cinco ou acréscimo de 100% para este ano. Assim, são quatro homicídios em janeiro, seis em fevereiro, 18 em março, nove em abril, oito em maio, cinco em junho, sete em julho, oito em agosto, 10 em setembro, sete em outubro e 10 no mês passado.
Segundo levantamento feito pelo Site Miséria, em novembro os bairros onde houve o registro de homicídios foram Jardim Gonzaga, Triângulo e Salesianos (02 cada ou, individualmente, participação de 20%) e os demais nos bairros Vila Fátima, Romeirão, Franciscanos e Lagoa Seca. Já no acumulado do ano, o bairro João Cabral segue como o mais violento com 12 homicídios de um total de 92 ou 13% da matança em Juazeiro.
O mês de novembro foi o segundo mais violento de 2024 empatando com setembro e sendo superados apenas por março que teve 18 assassinatos. Em 2023, eram 74 homicídios em onze meses contra 92 este ano ou 18 a mais representando um acréscimo de 24% na violência. Eis a relação dos homicídios registrados no decorrer do mês passado em Juazeiro:
Dia 01 – Clécio Carvalho Marques dos Santos, de 24 anos, que era interno do Centro Terapêutico Reencontrando Vidas na Rua Emídio de Lira (Bairro Vila Fátima), morreu na UPA Limoeiro. A suspeita inicial da queda de um muro, porém as lesões eram compatíveis com graves espancamentos.
Dia 02 – Francisca Neuma de Sousa, de 52 anos, que residia na Rua Ozana Pereira (Romeirão), teve o corpo encontrado em casa enrolado numa rede e apresentando perfurações à faca no pescoço. À noite vizinhos ouviram gritos e foram lá, sendo recebidos pelo esposo dela Cícero Barros da Silva, de 49 anos. Ele disse que estava tudo bem e ela dormindo. No dia seguinte se deu o achado de cadáver e ele preso momentos depois após espancamentos por populares na Feirinha da Troca no bairro João Cabral.
Dia 04 – Lourinaldo Ferreira dos Santos, de 41 anos, que residia na Rua Olívio de Oliveira Barbosa (Campo Alegre) teve o corpo encontrado num matagal por trás de uma casa na Rua Luis de Freitas Roque (Jardim Gonzaga) apresentando várias perfurações à faca e os pés amarrado. Era usuário de drogas, respondia por assalto, violência doméstica e já tinha sido vítima de tentativa de homicídio.
Dia 05 – Francisco Henrique, de 45 anos, que era morador de rua, morreu no HRC um mês e 10 dias após sofrer espancamentos no bairro Triângulo. Ele foi encontrado agonizando no dia 26 de setembro e socorrido, mas não resistiu. O mesmo não respondia procedimentos criminais.
Dia 07 – Francisco Renaldo Batista, de 30 anos, que residia numa casa de acolhimento na Rua 22 de julho (Limoeiro) e era auxiliar de serviços gerais, morreu no HRC. Na manhã do dia 1º de novembro, ele foi encontrado na Avenida Carlos Cruz (Franciscanos) após ser espancado e não respondia procedimentos criminais.
Dia 16 – Francisco Romário Farias, de 30 anos, que residia na Rua Alaíde Feitosa (Bairro Jardim Raimundo Inácio) em Barro, foi morto a tiros numa lanchonete perto da Rodoviária (Triângulo) em Juazeiro. O crime foi praticado por dois homens que levaram a mochila da vítima e fugiram numa moto. Ele respondia por homicídios, porte de arma de fogo, ameaças, danos, desacato e roubo. Dia 26 de março de 2014 matou a facadas o andarilho Geraldo Antônio dos Santos, de 40 anos, o “Maribondo”, que era de Milagres. Já no dia 12 de maio de 2022 Romário e Murilo Massaranduba Januário, de 24 anos, mataram a pauladas e pedradas, no centro de Mauriti, o Soldado PM Janoca.
Dia 22 – Deusdete Barros de Araújo, de 47 anos, que residia no Sítio Lagoa em Barbalha e era comerciante, foi morto a tiros no cruzamento das avenidas Plácido Aderaldo Castelo e Ailton Gomes (Lagoa Seca) por dois homens noutra moto. Ele respondia porte de arma, receptação e dois homicídios junto com o “Galego da Cicatriz”. Dia 20 de abril de 2003 mataram Erinaldo de Barros Holanda no bairro Frei Damião e, dois dias depois, Ediglei Davi Rodrigues dos Santos no João Cabral.
Dia 25 – Cícero Silva de Sousa, de 58 anos, que residia na Rua Santa Cecília (Salesianos) e era torneiro mecânico, foi morto a tiros num apartamento na Ruas Leão XIII naquele bairro. O crime foi praticado pelo mototaxista Maciel de Souza Figueiredo, de 54, atual namorado de Maria Aparecida da Silva, de 45 anos – ex de Cícero – o qual estava no imóvel onde ela mora quando o acusado chegou. Ele ainda baleou a namorada e o filho dela de 16 anos, que foram socorridos. Depois, praticou o suicídio por enforcamento em sua casa na Rua Neci Carvalho Magalhães no bairro Brejo Seco.
Dia 27 – Cícero Wellington da Silva, de 16 anos, que residia na Rua Leão XIII (Salesianos), morreu no HRC dois dias após ser lesionado com um tiro na cabeça. O crime foi praticado pelo mototaxista Maciel de Souza Figueiredo, de 54, que matou Cícero Silva de Sousa, de 58 anos, pai do menor e ex-companheiro da sua namorada Maria Aparecida da Silva, de 45 anos, a qual ele baleou também e praticou o suicídio.
Dia 29 – Cássio Murilo de Santana, de 26 anos, que residia na Rua Padre João Moretti (Jardim Gonzaga), morreu no HRC. Na noite anterior, estava em casa quando parou uma moto Honda Fan de cor preta com duas pessoas e uma delas desceu com arma em punho e já foi atirando. Ele não respondia procedimentos criminais e existem informações que o autor dos disparos foi uma pessoa identificada apenas por “Mateus”.
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