Miguel Ferreira Oliveira, vencedor da Mega-Sena, foi morto em 2018 a tiros em um bar - José Ademir Soares da Silva, foi condenado nesta segunda-feira por fornecer a arma usada no crime
Miguel Ferreira de Oliveira, ganhador de prêmio de R$ 39 milhões da Mega-Sena, foi assassinado a tiros em bar no interior do Ceará
O réu por participar do assassinato de Miguel Ferreira Oliveira foi condenado a sete anos de prisão em regime semiaberto nesta segunda-feira (2). José Ademir Soares da Silva foi condenado por fornecer a arma usada no crime, no caso que ficou conhecido como o assassinato do "milionário da Mega-Sena". O julgamento aconteceu na cidade do Crato, no Cariri cearense. José Ademir pode recorrer em liberdade.
O crime aconteceu em 2018 no município de Campos Sales, também no Cariri. Miguel era conhecido na cidade por ter ganhado R$ 39 milhões no sorteio da Mega-Sena em 2011. Em 4 de fevereiro de 2018, ele foi assassinado com três tiros enquanto estava em uma festa em uma pizzaria.
Conforme denúncia do Ministério Público do Ceará, no dia do crime, José Ademir teria adentrado na pizzaria onde Miguel participava de uma festa e efetuado três disparos de arma de fogo, resultando na morte da vítima. No entanto, os jurados entenderam que o réu apenas forneceu a arma usada no crime. Não há informações sobre quem teria atirado contra Miguel.
Vencedor da Mega-Sena de Campos Sales costumava frequentar bar/pizzaria onde foi assassinado
O crime teria sido encomendado por Francisco Costa Torres Júnior, que também chegou a ser pronunciado pela Vara Única da Comarca de Campo Sales. No entanto, a defesa recorreu da decisão de levá-lo a júri popular e o processo está em grau de recurso especial no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Como o réu já estava preso há 2 anos e 6 meses, foi expedido alvará de soltura e concedido o direito de recorrer em liberdade.
Vítima sofria ameaças - Segundo os autos da investigação, Miguel vinha sofrendo ameaças de morte por parte do homem acusado de ser o autor intelectual do crime, Francisco Costa Torres Júnior. Na véspera do crime, vítima e mandante brigaram em uma festa.
A denúncia foi feita pelo Ministério Público do Ceará em abril de 2022. Na época do assassinato, mais de 20 pessoas foram ouvidas nas investigações, mas nenhuma testemunha que também estava na festa informou quem teria disparado contra Miguel, por medo de retaliações.
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