Foto Heloise Hamada/G1 |
Quase 45 mil eleitores cearenses na faixa etária de 16 a 17 anos, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Embora não seja obrigatória para essa faixa etária, a decisão de muitos jovens de exercer seu direito ao voto reflete um desejo de influenciar diretamente a escolha de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em suas cidades.
Pedro Lucas Silva, de 17 anos, recentemente obteve o título de eleitor e incentivou amigos a fazer o mesmo. “Quando eu fui, levei um, levei dois. Outra semana já estávamos lá de novo para tirar títulos de mais quatro pessoas por aí. O voto, ele começa a ser essencial a partir do momento que você, mais na frente, vai querer avaliar a gestão. Então, de que adianta você criticar algo sendo que você não corre atrás do seu direito?”, questiona Pedro.
Atualmente, o Ceará conta com cerca de 7 milhões de eleitores aptos para as eleições de 2024, dos quais 139.533 têm entre 16 e 17 anos. A participação política desses jovens não se limita apenas ao ato de votar, mas também envolve a cobrança de melhorias em áreas como transporte público, educação e saúde. “Essa participação, essa importância da participação serve tanto para que eles se envolvam nos problemas da própria cidade, quanto para que eles consigam começar a cobrar”, explica Mariana Dionísio, cientista política.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) intensificou campanhas ao longo do ano para engajar mais jovens nas urnas. No início de 2024, foram emitidos mais de 83 mil títulos para jovens com 15, 16 e 17 anos, um número que triplicou em comparação com 2020, quando foram registrados 20.770 alistamentos.
“Houve uma polarização muito grande, que por bem ou mal, ajudou uma parte significativa da juventude a se posicionar e buscar exercer seus direitos, como o voto”, observa a cientista política.
No Ceará, o grupo etário com o maior número de eleitores é o de 45 a 59 anos, totalizando 1.645.473 pessoas. A participação cidadã é apontada essencial para o fortalecimento da democracia. “O processo democrático vive dessa participação, dessa liberdade de escolha, desse exercício da cidadania. Então, para qualquer idade, é fundamental a participação, tanto na hora de votar quanto na hora de cobrar”, conclui Mariana.
Com informações do Portão GC Maís.
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