Jovem passou por nova audiência nesta terça-feira, onde foram ouvidas testemunhas de acusação
Veja as próximas etapas
Manuela Vitória está presa na Indonésia desde 31 de dezembro
A brasileira Manuela Vitória de Araújo Farias, presa na Indonésia por tráfico de drogas, passou por nova audiência nesta terça-feira (11). Conforme o advogado de defesa, Davi Lira da Silva, durante o ato – que é uma etapa do processo – foram ouvidas seis testemunhas de acusação.
A próxima etapa será ouvir as testemunhas de defesa, em mais uma audiência agendada para o dia 18 deste mês. Após isso, o caso deve ser julgado.
A defesa de Manoela busca evitar que a jovem receba as duas penas mais altas do país asiático, que são a pena de morte e a prisão perpétua.
O advogado contou que nesta segunda audiência, foram ouvidas testemunhas de acusação, sendo quatro que atuam na alfândega e dois policiais de Bali (Indonésia).
Para a próxima audiência a defesa pretende mostrar que a jovem não é traficante. “A expectativa é demonstrar a nossa verdade dos fatos: que a Manoela não é uma traficante, que ela foi aliciada, usada; ela foi coagida”.
Após a terceira audiência, o caso deve ser julgado. “A sentença, assim como no Brasil, fica a cargo de um juiz.
Em meio ao processo, Manoela está tensa e apreensiva. “Ela fica chorosa, tem ataque de ansiedade, o que é natural por conta do que vem enfrentando. Tem que ser muito corajosa”.
Relembre o caso - Enquanto morava no Brasil, Manuela atuava como autônoma, vendendo perfumes e lingeries. Ela residia no Pará, onde mora o pai, e em Santa Catarina, onde reside a mãe.
No fim de dezembro, Manuela saiu da periferia de Belém (PA), com destino a Florianópolis. Foi na Capital catarinense que a jovem embarcou rumo ao país asiático, conhecido por ter as leis antidrogas mais rigorosas do mundo.
No aeroporto de Bali, na Indonésia, Manoela foi presa em flagrante com quase 3 quilos de cocaína dentro da bagagem. A prisão aconteceu no dia 31 de dezembro do ano passado.
O que alega a defesa - A defesa diz que ao chegar em solo catarinense, Manoela foi aliciada por uma quadrilha. Segundo a defesa, como a jovem é amante do surfe, os criminosos teriam lhe oferecido aulas do esporte na Indonésia. Em troca pediram que ela transportasse uma mala, ou seja, teria sido usada como “mula”.
De acordo com o advogado, ela não sabia o que levava na mala. Por isso, ao ser presa, foi pega de surpresa.
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