Duas meninas de nove anos foram atacadas com uma machadinha por um estudante na Escola Municipal Isaac de Alcântara, localizada em Sítio Caras, na Zona Rural de Farias Brito (Cariri Cearense). O caso ocorreu na tarde desta quarta-feira, 12.
Conforme a Prefeitura do Município, o ataque foi perpetrado por um aluno do 9º ano da instituição, que invadiu a sala do 4º ano e feriu as duas alunas.
Por meio de assessoria de comunicação, a Prefeitura ainda divulgou que uma das crianças teve uma lesão superficial na parte de trás da cabeça, enquanto a outra teve uma lesão profunda em uma região frontal, com exposição do crânio. Ambas, porém, estavam estáveis, conscientes e orientadas, afirmou a Diretora do Hospital Geral de Farias Brito, Verônica Costa.
A primeira criança pode vir a ser liberada em 24 horas após observação, disse a médica. Já a outra foi encaminhada ao Hospital Santo Antônio, em Barbalha (também no Cariri Cearense). “Pela idade, nove anos, e a localização da lesão, região frontal de crânio, a gente achou melhor fazer essa transferência para um hospital de maior complexidade. Mas ela saiu estável, com sinais vitais preservados, consciente e orientada.”
Em nota, a equipe neurológica pediátrica do Hospital Santo Antônio informou estar realizando exames e que a criança deve passar por abordagem cirúrgica ainda nesta noite. "Neste momento, a paciente encontra-se na UTI pediátrica onde passa por avaliações complementares".
Costa ainda contou que uma terceira criança também foi encaminhada ao hospital de Farias Brito após apresentar uma crise de ansiedade. Ela deve ser liberada ainda nesta quarta-feira.
Aulas são suspensas por dois dias
Por meio de nota, a Prefeitura de Farias Brito lamentou o ocorrido e manifestou solidariedade às famílias das vítimas. Também disse estar tomando as medidas necessárias para apurar o caso. As aulas foram suspensas no município por dois dias para que sejam planejadas “ações concretas” para reforçar a segurança nos estabelecimentos, afirmou o secretário de Educação do Município, Júnior Almeida.
O prefeito de Farias Brito, Deda (PDT), afirmou em nota que entrou em contato com a governadora em exercídio Jade Romero (MDB) solicitando uma reunião para traçar um plano segurança nas escolas do município ainda nesta quinta-feira, 13.
“A escola adotou imediatamente as medidas disciplinares cabíveis para o aluno agressor, e também está prestando assistência aos envolvidos, oferecendo acompanhamento psicológico e médico para as vítimas e para a família”, afirmou a Prefeitura em nota.
"Ressaltamos que a segurança dos alunos é uma prioridade para a administração municipal e que estamos trabalhando para garantir que todas as escolas municipais tenham um ambiente seguro e acolhedor para os estudantes. Reiteramos nosso compromisso com a transparência e a responsabilidade, mantendo a população informada sobre as investigações e providências tomadas".
Adolescente foi apreendido
O adolescente que teria praticado o ato tem 14 anos e foi apreendido pela Polícia Militar. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que, com ele, foi localizada uma faca. "O adolescente foi encaminhado para a Delegacia Regional do Crato, unidade da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), onde será ouvido. A ocorrência está em andamento", disse a SSPDS.
Questionado se, anteriormente, o aluno havia apresentado algum comportamento que pudesse sinalizar algum risco, o Júnior Almeida disse que não. Ele, porém, afirmou que iria buscar, posteriormente, averiguar mais profundamente se o adolescente apresentava algum comportamento diferente.
Sobre o caso em si, Almeida afirmou que o episódio foi muito “rápido”. Ele detalhou que, imediatamente, a diretora da escola acionou a Polícia e o socorro, que “rapidamente” chegaram e conseguiram “acalmar” a situação.
"A gente nunca espera isso de um aluno”, afirmou o secretário. Pela repercussão que está tendo nacionalmente de ataques às escolas, claro que a gente fica apreensivo e fica sempre atento. Mas, quando se trata de um aluno da própria escola onde a gente convive diariamente — principalmente, nas escolas da Zona Rural, que são mais tranquilas —, a gente não esperava" (Com informações de Guilherme Carvalho/CBN Cariri).
Fonte: O Povo
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