Foto: Ricardo Stuckert/Palácio do Planalto
Em reunião com congressistas, petista ressaltou que o discurso de ódio acontece pelo menos desde 2018 e disse que aos ataques estavam programados para sua posse.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou
o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de arquitetar os ataques contra os Três
Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro. A declaração foi dada em reunião com
congressistas no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (8).
Segundo Lula, as declarações de ódio proferidas
durante os quatro anos de gestão de Bolsonaro inflamaram golpistas a atacarem
os prédios públicos. Sem citar o nome do ex-presidente, o petista ressaltou que
os discursos golpistas acontecem desde 2018, com o avanço da indústria das fake
news nas eleições.
“Hoje, eu não tenho dúvida de que isso foi
arquitetado pelo responsável maior de toda a pregação do ódio, de todas as
mentiras, indústria de notícias falsas que aconteceu nesse país nos últimos quatro
anos”, disse Lula.
“Porque [o discurso] não vem de agora, vem desde as
eleições de 2018, quando a gente ainda não tinha tido a experiência da
indústria de fake news”,
ressaltou.
Os ataques em Brasília completaram um mês nesta
quarta-feira. Ao todo, mais de 1,3 mil golpistas foram presos, além do
ex-ministro da Justiça Anderson Torres e policiais que atuaram na capital
federal no dia da invasão aos prédios públicos. O governador do Distrito
Federal, Ibaneis Rocha, foi afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por 90
dias.
Sem apresentar provas, Lula ressaltou que a
tentativa de golpe estava marcada para o dia 1º de janeiro, data marcada pela
sua posse na presidência da República. Ele ainda respondeu opositores que
chamam a esquerda brasileira de ‘badernista’ e disse que as manifestações de
sindicalistas sempre foram pacíficas.
“Uma tentativa de golpe que possivelmente poderia
ter sido organizada para o dia 1º e que não foi por causa da quantidade de
gente em Brasília, mas que eles tomaram a decisão de fazer aquele vandalismo
que nenhum de nós estávamos habituados a ver no Brasil”, afirmou o petista.
“Nós não tivemos nunca a intenção de invadir o
Congresso Nacional, a Suprema Corte ou o Palácio do Planalto. A gente vinha
aqui, fazia nosso protesto, dizia o que a gente queira e voltava para casa”, concluiu.
Reunião com congressistas
Lula participou de uma reunião com 16 partidos que compõem a base governista no
Congresso Nacional. Além do petista, o encontro contou a participação de
ministros e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
No encontro, Lula pregou a necessidade de união
entre o Planalto e o Congresso para defender os interesses da população. O
petista ainda pediu ajuda dos parlamentares para formar maioria na Câmara e no
Senado.
IG
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