CRATO NOTICIAS player

sábado, 21 de janeiro de 2023

O que Bolsonaro diz sobre o caixa 2 no Planalto investigado pelo STF


Áudios reunidos pela investigação, sob o comando de Alexandre de Moraes, indicam que Bolsonaro controlava e tinha ciência de tudo.

O ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou, na noite desta sexta-feira, sobre as suspeitas de que seu principal ajudante de ordens no Palácio do Planalto, o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, operava uma espécie de caixa 2 com recursos em espécie que eram usados, inclusive, para pagar contas pessoais da primeira-dama Michelle Bolsonaro e de familiares dela.

Bolsonaro respondeu por escrito a uma série de perguntas enviadas pela coluna, que, mais cedo, revelou detalhes de investigações que correm no Supremo Tribunal Federal sob o comando do ministro Alexandre de Moraes.

A reportagem mostrou que os investigadores que atuam com Moraes mapearam, a partir de quebras de sigilo autorizadas pelo ministro, saques e pagamentos feitos por Cid e homens de sua equipe na agência do Banco do Brasil localizada dentro do palácio presidencial.

A apuração, a cargo da Polícia Federal, aponta que parte dos recursos era proveniente de cartões corporativos do governo, inclusive de unidades militares. Entre os pagamentos estavam faturas de um cartão de crédito emitido em nome de amiga de Michelle que era usado pela então-primeira-dama.


Bolsonaro repete, nas respostas, que “nunca foram feitos saques do cartão corporativo pessoal” — ele se refere sempre a “cartão corporativo pessoal”, desconsiderando que havia outros cartões à disposição da equipe de Cid. Junto com as respostas, ele enviou dez páginas de extratos do cartão corporativo emitido em nome de Mauro Cid nas quais não aparecem movimentações.

Segundo o ex-presidente, todas as despesas administradas por seus ajudantes de ordens somavam aproximadamente R$ 12 mil por mês e os pagamentos eram feitos com recuros “oriundos exclusivamente” de sua conta pessoal.

Jair Bolsonaro diz ainda que Michelle utilizava um cartão em nome de uma amiga porque “não possuía limites de créditos disponíveis” e trata com naturalidade os contatos do tenente-coronel com militantes investigados por envolvimento em atos democráticos. Ele sustenta que não teve interferência na decisão do Exército de designar Cid para comandar, a partir deste ano, uma unidade de forças especiais da corporação.

FONTE:  https://www.metropoles.com/colunas/rodrigo-rangel/o-que-bolsonaro-diz-sobre-o-caixa-2-no-planalto-investigado-pelo-stf

Nenhum comentário:

Postar um comentário