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quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Justiça decide levar 10 acusados de matar prefeito de Granjeiro a julgamento e absolve 3 réus

 Quatro réus pelo crime, ocorrido na véspera do Natal de 2019, foram impronunciados - Motivação do homicídio foi briga política

João Gregório Neto foi assassinado enquanto caminhava próximo à parede do Açude Junco, na cidade de Granjeiro, na véspera do Natal

A Justiça Estadual decidiu levar a julgamento dez acusados de matar, em dezembro de 2019, o então prefeito de Granjeiro, João Gregório Neto, o 'João do Povo'. Quatro réus foram impronunciados e outros três, absolvidos sumariamente. O julgamento ainda não tem data para ocorrer.
A sentença de pronúncia foi proferida pela Vara Única da Comarca de Caririaçu, na última segunda-feira (17).
Entre os réus pronunciados estão o ex-vice prefeito, Ticiano da Fonseca Félix, o 'Ticiano Tomé', que viria a assumir a Prefeitura Municipal de Granjeiro após o homicídio; o pai dele, Vicente Félix de Sousa, o 'Vicente Tomé' (que também foi prefeito do Município); e o tio, José Plácido da Cunha.
Os três familiares foram apontados pelas autoridades como autores intelectuais do homicídio, junto de empresários da região, que também foram pronunciados. O ex-policial militar Mayron Myrray Bezerra Aranha, demitido da Corporação em setembro deste ano e apontado como o coordenador da execução do plano criminoso, também deve ir a julgamento.
O assassinato de João Gregório Neto, o 'João do Povo', durante a sua caminhada matinal, na véspera do Natal, na manhã de 24 de dezembro de 2019, em Granjeiro, chocou a população cearense. A investigação da Polícia Civil do Ceará (PC-CE) apontou para a motivação política do crime e chegou a uma engenhosa teia criminosa.

CONFIRA QUEM VAI A JULGAMENTO

Réus pronunciados (vão a julgamento)

Vicente Félix de Sousa

Ticiano da Fonseca Félix

José Plácido da Cunha

Joaquim Maximiliano Borges Clementino

Mayron Myrray Bezerra Aranha

Francisco Rômulo Brasil Leal dos Santos

Anderson Maurício Rodrigues

Wendel Alves de Freitas Mendes

Thyago Gtthyerre Pereira Alves

Wylliano Ferreira da Silva

Réus impronunciados (não vão a julgamento)

Luix Alberto Ferreira Marques

Geraldo Pinheiro de Freitas

Luana Pinheiro de Freitas

Manuel Fernando Bezerra Ariza

Réus absolvidos sumariamente

José Edvaldo Soares de Souza Filho

Maria Socorro de Freitas Cruz

Lúcia Vanda Carlos de Freitas

A Justiça manteve as prisões preventivas de Mayron Myrray, Wendel Alves, Wylliano Ferreira e José Plácido. E substituiu a prisão cautelar de 'Vicente Tomé', Anderson Maurício e Thyago Gutthyerre por medidas cautelares. Já Joaquim Maximiliano e Francisco Rômulo tiveram medidas cautelares renovadas.
Entre as medidas cautelares impostas aos acusados estão a proibição de ingressar na cidade de Granjeiro; a proibição de se aproximar ou manter contato com qualquer acusado, testemunha ou informante do processo; recolhimento domiciliar noturno; e monitoramento por tornozeleira eletrônica.

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