A menos de duas semanas para o fim do auxílio emergencial, o Palácio do Planalto aumentou a pressão sobre o ministro Paulo Guedes (Economia) por uma solução para os pagamentos aos mais vulneráveis. O benefício, que chega a 45 milhões de brasileiros, acaba neste mês, assim como o Bolsa Família —que será substituído pelo Auxílio Brasil.
Apesar de o novo programa social já ter fonte orçamentária até o fim do ano, a equalização a partir de janeiro continua incerta e precisa estar solucionada antes do fim do ano para não haver risco de infração à lei eleitoral. Guedes apresentou em junho a solução de bancar o Auxílio Brasil no próximo ano por meio do projeto do Imposto de Renda, que gera respaldo legal por meio da taxação de dividendos.
A equipe econômica ainda defende o plano, mas há dúvidas no governo se será possível contar com a estratégia sendo que a proposta continua estacionada no Senado. A ala política do governo credita à equipe econômica a dificuldade de se encontrar uma solução para o auxílio. Para ela, o ministro tem se mostrado intransigente.
Ainda há uma pressão, inclusive de parlamentares, para se furar o teto e continuar pagando o mesmo valor de R$ 300 aos beneficiários. Por outro lado, aliados de Guedes têm apontado que a pressão sobre o ministro tem ocorrido pela dificuldade de articulação no Senado. De acordo com essa visão, Guedes acaba sendo cobrado por causa de problemas da ala política em fazer o plano apresentado pelo ministro avançar.
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